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12- Comentário ao artigo sobre o rock

Orlando Fedeli

Comentário Ao Artigo Sobre o Rock 

 

 

  • Localizaçao: Curitiba – PR – Brasil

 

Olá, Dr. Orlando Fedeli, tudo bem?

A Paz de Cristo!

Gosto muito do seu site. Parabéns pelo seu zelo em defender nossa Fé Católica. Estive lendo aquele seu artigo sobre o rock e sobre como a melodia e os ritmos alteram nosso estados de alma e então eu fiquei intrigado com a seguinte questão: além das óbvias músicas de louvores, sacras, gregorianas, etc, que outro tipo de música considerada “secular” ou “mundana” não oferece perigo à nossa alma, para ouvirmos? Achei que isto ficou faltando explicar no texto.

Grato pela atenção e sabendo que, mesmo que demore um pouco, obterei minha resposta, desejo-lhe um Feliz Natal.

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Prezado, salve Maria.

Agradeço-lhe suas bondosas palavras, que nos incentivam a prosseguir em nossa luta em defesa da religião Católica.

Seu pedido exigiria uma resposta bastante longa e ampla. Por hoje, limito-me a indicações sucintas.

Toda música clássica – isto é, a música produzida entre os séculos XV e XIX (até Beethoven) — é excelente e faz muito bem.

Bethoven foi o primeiro Romântico, e ele representa a revolução Francesa na Música.

Claro que falo de modo genérico.

Os renascentistas quiseram voltar à cultura pagã, para combater a cultura católica vigente, na Idade Média. Em todas as artes eles conseguiram modelos pagãos muito claros que eles puderam copiar ou imitar. Por isso, em todas as artes, o Renascimento se constituiu como movimento anti cristão. Dai a decadência que ele trouxe para as artes. Foi dos princípios renascentistas que nasceu o Romantismo, e deste a Arte Moderna.

Contudo, se com o Renascimento houve uma decadência geral da arte, algo diferente ocorreu com a Música.

Os renascentistas não obtiveram, naquele tempo, modelos de música greco romana, e assim não puderam fazer, na arte musical, os estragos pagãos que provocaram nas demais artes.

Por isso, enquanto as artes em geral decaiam por se impregnarem de humanismo panteísta ou gnóstico, a Música continuou seu caminho sem romper mais gravemente com a música medieval. Daí a Música ter continuado a progredir. Foi então no período Barroco que se deu o apogeu da Música.

É certo que também na música barroca se notam traços do espírito moderno. O otimismo barroco, o triunfalismo absolutista, o naturalismo, seriam alguns dos pontos a criticar nesse tipo de música. Todavia, os pontos positivos nela continuam a superar os defeitos.

Assim, todos os compositores barrocos e do período rocaille podem ser ouvidos com muito proveito.

Gostaria ainda de recomendar-lhe que procurasse obter gravações de canções populares do período medieval e do período barroco. As editoras tem editado discos explêndidos desse tipo de música.

O espírito medieval se conservou muito mais na arte popular do que na música erudita. E a música popular é a geradora, a raiz de toda música erudita de valor.

Assim como a Revolução Francesa guilhotinou tudo o que era nobre e honroso, assim o Romantismo, arte da Revolução, guilhotinou a beleza autêntica e abortou a Arte Moderna.

Aproveito para desejar-lhe um santo Natal.

In Corde Jesu, semper,

Orlando Fedeli