1216- Critica Nada Sincera
Orlando Fedeli
Critica Nada Sincera
- Localização: Jundiaí – SP
Muito prezado Orlando Fedeli
Salve Maria.
Quero aqui parabenizado pelo trabalho de apologética que faz atraves do site , principalmente em relação à Santa Missa.
e também fazer umas perguntas:
O Sr. participa de alguma pastoral da Igreja?, de algum movimento?, aceita os movimentos?,Vai à Missa diariamente?, não acha que algumas de suas opiniões são radicalmente contrarias às da Igreja e muitas vezes demagogas? ,vão contra ao que diz muitos cardeais e bispos da Igreja, muitos deles, bem mais preparados teologicamente , filosoficamente, doutrinalmente e liturgicamente, que o Sr.?, estaria o sr. certo e os Bispos errados ?, aceita o concílio Vaticano II? Para o católico só a Santa Missa e os sacramentos bastam? O que São Paulo queria dizer em 1 Cor 12?.
Essas são minhas perguntas que cordialmente faço-vos, espero que responda e publique no site.
Professor não critique mais, Ajude mais sua Igreja nossos pastores sabem o que fazem …
Medite.
“1. Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.
2. Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada.
3. Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria!
4. A CARIDADE É PACIENTE, A CARIDADE É BONDOSA. NÃO TEM INVEJA. A CARIDADE NÃO É ORGULHOSA. NÃO É ARROGANTE.
5.NEM ESCANDALOSA. NÃO BUSCA OS PROPRIOS INTERESSES, NÃO SE IRRITA, NÃO GUARDA RANCOR.
6. NÃO SE ALEGRACOM A INJUSTIÇA, MAS SE REJUBILA COM A VERDADE.
7. TUDO DESCULPA, TUDO CRÊ, TUDO ESPERA , TUDO SUPORTA.
8. A caridade jamais acabará. As profecias desaparecerão, o dom das línguas cessará, o dom da ciência findará.
9. A nossa ciência é parcial, a nossa profecia é imperfeita.
10. Quando chegar o que é perfeito, o imperfeito desaparecerá.
11. Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Desde que me tornei homem, eliminei as coisas de criança.
12. Hoje vemos como por um espelho, confusamente; mas então veremos face a face. Hoje conheço em parte; mas então conhecerei totalmente, como eu sou conhecido.
13. Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade – as três. Porém, a maior delas é a caridade”.
(1Cor 13)
Ora pro nobis, sancta Dei Génitrix. Ut digni efficiámur promissiónibus Christi.
Santo.
Glória Patri, et Fílio, et Spíritui Sancto. Sicut erat in pricípio, et nunc, et semper,
et in saécula saeculórum. Amen.
Que Deus Derrame Torrentes de Bençãos sobre o Sr.
Muito contraditório e pouco sincero,
salve Maria!
Sim pouco sincero.
E por que? Porque você começa me parabenizando, e, depois, condena o que faço.
Se me condena, por que me parabeniza. Se me parabeniza, por que me condena?
Quando você é sincero: quando me parabeniza ou quando me condena?
Claro que é quando me condena.
Seus parabéns, então, não valem nada. Foram dados apenas para simular educação.
Você me pergunta se vou à Missa diariamente; se participo de pastorais etc.
Nem um confessor tem direito de perguntar tais coisas. E você nem é padre, e nem é meu confessor.
Pois saiba que sou Católico Apostólico Romano, sou Congregado Mariano desde 1955, e pertenço à Ordem Terceira do Carmo.
Pergunte mais: existem, hoje, a Congregação Mariana a que fui filiado e a Ordem Terceira do carmo em que entrei?
Não. Não existem mais. O Concílio Vaticano II as destruiu.
Em seu lugar, hoje, existem os “movimentos” que batem palmas, rebolam na missa, nada fazem contra o aborto, votam no PT, e participam de tudo o que não devem.
E não vou lhe perguntar se você participa dessas loucuras “pastorais”
Você me pergunta:
“não acha que algumas de suas opiniões são radicalmente contrarias às da Igreja e muitas vezes demagogas? “
Nunca fui, graças a Deus, contra o que a Igreja ensina e sempre ensinou.
Eu não tenho opiniões. Tenho certezas. Tenho Fé. A Fé que aprendi nos escritos dos Padres da Igreja e nas encíclicas papais. Claro que as verdades ensinadas por São Pio X são bem contra – são radicalmente contrárias – ao que disse o Concílio Vaticano II e que você pensa que conhece.
Claro que há Cardeais, Bispos, padres e até muitos leigos que sabem muito mais do que eu.
Por exemplo, o Cardeal Kasper sabe bem mais do que eu. Só que o Cardeal Kasper nega a ressurreição de Cristo como a Igreja sempre ensinou. Portanto, porque ele sabe mais, o erro dele é bem mais grave
Claro que o Cardeal, que acaba de entregar a O GLOBO as suas anotações diárias do Conclave que elegeu Bento XVI, sabe muito mais do que eu. Sabe que fazendo isso o torna excomungado. O Cardeal que fez essa traição a seu juramento sabe bem mais do que eu. Por isso, sua traição é muito pior.
A questão não é a de quem sabe mais. A questão é de ser fiel ao que a Igreja sempre ensinou.
Você me pergunta: “aceita o concílio Vaticano II?”
Será que você não sabe ler? Como escreve se não sabe ler?
Já me defini clarissimamente contra os erros do Concílio Vaticano II.
E não vá rasgar as vestes, acusando-me de blasfêmia e de heresia.
O Cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, que sabe muito mais do que eu, e até mais do que você, escreveu:
No Concílio Vaticano II, disse Ratzinger, “não há dogmas, nem mesmo na proposição sobre a sacramentalidade do episcopado. Resta, portanto, dar uma explicação positiva, isto é, que grau de certeza apresentam os textos promulgados? Esta questão não ficou de todo clara, nem mesmo com as palavras da comissão teológica.” (Joseph Ratzinger, Das Neue Volk Gottes – Enwürfe zur Ekklesiologie, Patmos-Verlag, Düsseldorf, 1969, trad. br. por Clemente Raphael Mahl: O Novo Povo de Deus, São Paulo, Paulinas, 1974, p.190, destaques nossos).
E Ratzinger mandou respeitar e não desprezar aqueles que criticam o Vaticano II, coisa que você parece não aceitar. Leia a citação abaixo e trate-me com compreensão pelas críticas que faço ao Concílio:
Para outros, o concílio [Vaticano II] deu um grande escândalo ao ceder terreno ao mundo desvirtuado. Esses últimos lamentam-se pelo fato de o concílio ter provocado verdadeiras crises e ter discutido coisas que para eles estavam absolutamente certas. (…) Tendo diante de si este exemplo [o de Santa Teresa d”Ávila, cuja conversão a afastou da “abertura para o mundo” de seu convento “aggiornatto”], os mais conservadores se perguntam: e o concílio, não enveredou ele por um caminho completamente oposto e que só poderá conduzir a uma meta bem diversa que não a da conversão? Nenhuma dessas dúvidas, de qualquer corrente de pensadores que proceda, deve ser desprezada. É preciso haver muita compreensão com relação às críticas sobre o concílio.” (Joseph Ratzinger, Das Neue Volk Gottes – Enwürfe zur Ekklesiologie, Düsseldorf: Patmos-Verlag, 1969, trad. br. por Clemente Raphael Mahl: O Novo Povo de Deus , São Paulo: Paulinas, 1974, p. 282. O destaque é nosso.)
Entendeu, meu caro?
O teólogo Ratzinger – hoje Papa Bento XVI – concordava que o Concílio Vaticano II rompeu com a doutrina do passado, especialmente com a encíclica Pascendi, com o Syllabus e com o Decreto Lamentabili
“Qual é a linha de espiritualidade do concílio Vaticano II e qual a sua situação diante da história dos demais concílios? Será que o último concílio tende para uma mundanização ou para uma espiritualização da Igreja? Significará o último concílio uma ruptura, uma revolução ou uma continuação? Se for confrontado com certas tendências do século XIX e da primeira metade do século XX, o Concílio assinala, sem dúvida, uma ruptura e um avanço muito grande.” (Padre Joseph Ratzinger, Das Neue Volk Gottes – Enwürfe zur Ekklesiologie, Patmos-Verlag, Düsseldorf, 1969, trad. br. por Clemente Raphael Mahl: O Novo Povo de Deus, São Paulo, Paulinas, 1974, p. 278, destaques nossos).
“Para sermos objetivos na análise dos desajustes dos tempos passados, que lançam suas sombras sobre a Igreja de hoje, não deveríamos considerar apenas os fatos da antiguidade e da Idade Média, mas seria mister referir-nos também a outros fatos já bem próximos de nós e que nos parecem reais desajustes. Poderíamos citar, por exemplo, a reação cristã manifestada no século XIX e nos inícios dos século XX no Syllabus de Pio IX e no pontificado de Pio X.” (Padre Joseph Ratzinger, Das Neue Volk Gottes – Enwürfe zur Ekklesiologie, Patmos-Verlag, Düsseldorf, 1969, trad. br. por Clemente Raphael Mahl: O Novo Povo de Deus, São Paulo, Paulinas, 1974, p. 257, destaques nossos).
E Ratzinger afirma uma coisa que deve deixá-lo escandalizado, meu caro e nada sincero:
“Doutra parte, é possível e até necessário criticar os pronunciamentos do papa, se não estiverem suficientemente baseados na Escritura e no Credo, ou seja, na fé da Igreja universal. Onde não houver, nem a unanimidade da Igreja universal, nem o claro testemunho das fontes, não pode também haver uma definição que obrigue a crer. Faltando as condições, poder-se-á também suspeitar da legitimidade [de um pronunciamento papal].” (Joseph Ratzinger, Das Neue Volk Gottes – Enwürfe zur Ekklesiologie, Düsseldorf: Patmos-Verlag, 1969, trad. br. por Clemente Raphael Mahl: O Novo Povo de Deus , São Paulo: Paulinas, 1974, p. 140. O destaque é meu).
In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli