148- Ressurreição e Batismo

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Orlando Fedeli

Ressurreição e Batismo

 

  • Localização: Juiz de Fora – MG – Brasil
  • Escolaridade: Superior incompleto

 

Sr. Orlando Fedeli ou colaboradores:

Gostaria de obter uns esclarecimentos a respeito dos seguintes pontos: – Já que iremos segundo a Bíblia e a Igreja, ressuscitar, por que a ressurreição terá que ocorrer somente no final dos tempos, e não logo depois da morte com o julgamento particular(conforme ensinam alguns teólogos), o que seria mais lógico? A propósito, por que os mortos terão que ser julgados novamente no juízo final ou universal, se eles já terão sido julgados por meio do juízo particular, após a morte?

– Por quê ou para que o Batismo, já que a morte de Cristo nos resgatou, segundo a Bíblia e a doutrina da Igreja?

– Se conforme ensina a doutrina da Igreja, o Batismo tira o pecado original, por que então os pais, mesmo sendo batizados, continuam transmitindo o pecado original aos filhos?

Por favor, aguardo esclarecimentos.

Atenciosamente

 

———-

 

Muito prezado, salve Maria!

Você sabe muito bem que o homem tem uma vida particular e outra pública. Por isso, teremos dois julgamentos: um particular, logo depois da morte, no qual Deus julgará nossas ações, até as mais recônditas, e um julgamento público, de nossas ações mostrando como elas influíram na sociedade, nos outros. O juízo final será então uma grande aula de História, onde ficará patente como prejudicamos ou ajudamos o próximo, na História. Esse Juízo, necessariamente teria que ser na presença de todos os que viveram na História, e portanto, só poderá ser no final da História.

A doutrina católica distingue redenção objetiva e redenção subjetiva.

Os atos de Cristo são largamente suficientes para redimir as culpas de todos os homens, visto que eles tem mérito infinito. A redenção de Cristo é objetivamente universal, pode alcançar todos os homens.

Entretanto, isso não significa que todos estejam já automaticamente salvos, e sim que todos podem ser salvos. Os sujeitos individuais podem recusar a redenção de Cristo, não aceitando o Batismo, ou recusando as graças de Jesus Cristo. Desse modo a aplicação dos méritos infinitos de Cristo a cada homem depende de eles aceitarem ou recusarem esses méritos e essas graças. A redenção objetiva só se realiza de fato se subjetivamente for aceita por cada sujeito. É o que se denomina redenção subjetiva. Por isso Cristo, ao instituir a Eucaristia disse que seu sangue seria derramado por MUITOS e não por TODOS, como se diz erradamente hoje em dia.

O pecado original não é um pecado pessoal nosso. O pecado original foi um pecado de Adão que danificou a natureza humana que recebemos de nossos pais. Portanto, o pecado original é transmitido por nossa natureza. Apesar de perdoado pela aceitação do Batismo, isto é, da aplicação dos méritos infinitos de Cristo àquele que é batizado, este continua com as conseqüências do pecado original em sua natureza, que persiste com os efeitos do pecado original — não com a sua culpa — e nós prosseguimos assim a transmitir o pecado original ao transmitirmos nossa natureza decaída a nossos filhos. Daí, a necessidade do Batismo para todos. Esperando tê-lo atendido, me despeço

in Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli.

 

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