1559- Por Que Tratar Com Tanta Dureza a Missa Nova?

Data

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no email
Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no email
Compartilhar no whatsapp
image_pdfConverter em PDFimage_printPreparar para impressão

Orlando Fedeli

Por Que Tratar Com Tanta Dureza a Missa Nova?

 

  • Localização: Taubaté – SP, Brasil

 

Nunca tinha acessado seu site e confesso que fiquei surpresa com a dureza com que trata a missa atual.
Tenho 36 anos e desde que nasci frequento a “Missa Nova”.
Desde a minha infância frequento a Igreja e sempre senti muito prazer em participar da missa.
Tenho fé, amo a Santíssima Trindade e sou catequista.
Depois de ler seus vários relatos e comentários em seu site fiquei me perguntando:
Será que a “Missa Nova” é um câncer, é a porta do Inferno como foi dito em um comentário?
Cresci nesta Missa e sou uma pessoa de fé. Não vou à missa pelas pessoas, vou por Jesus.
E se minha mãe nunca tivesse me levado a Igreja, não teria sido pior.
Acho sim que podem ocorrer abusos, mas que devem ser controlados pelos Párocos.
Realmente ocorrem canções inadequadas, mas cabe aos sacerdotes fazerem uma previa reunião antes das missas para preparação da celebração, como fazemos em nossa Paróquia, desta forma reduzimos os problemas.
Acusar desta forma a missa e tudo que é feito me parece radical demais. Existem muitas pessoas de boa fé que trabalham arduamente pela catequese dos pequenos e crescimento deles na fé, incentivando a participação das crianças na liturgia.
Concordo com muita coisa que foi dita em seu site, mas fiquei muito triste pela dureza com que trata o assunto. Acho que se pode encontrar uma situação de equilibrio usando sempre o bom senso.
Acusar todo mundo de “modernista” não é correto.
O bom senso tem que existir em todas as situações.

——————————–

Muito prezada,
Salve Maria.

Que bom que a senhora concorda que há abusos. Que pena que não tenha percebido que — falo genericamente — os padres nada fazem para combater esses abusos. Veja o que faz o Padre Marcelo Rossi, por exemplo.

Que bom que a senhora tenha percebido que as músicas que se tocam nas igrejas durante as Missas não são adequadas. Que pena que não tenha percebido que os padres não as proíbem, mas as cantam e dançam até.

Que bom que a senhora tenha notado que há pessoas de boa fé nessas Missas. Que pena que não tenha notado que essas pessoas estão sendo enganadas pelos padres modernistas.

Que bom que a senhora diga que concorda com muita coisa que é dita no site Montfort*. Que pena que não perceba a dureza com que se trata a Nosso Senhor no Santo Sacrifício da Missa, nem como Ele é posto na mão de qualquer um, ou como é relegado a um lugar secundário na Igreja.

E quem disse que a Nova Missa é um câncer foi Monsenhor Klaus Gamber num livro famoso que o cardeal Ratzinger elogiou.

“A confusão é grande. Quem vê claro, hoje, nessa escuridão? Onde estão em nossa Igreja os líderes que nos mostrarão o reto caminho? Onde estão os Bispos que terão a coragem suficiente para fazer desaparecer esse tumor canceroso que é a teologia modernista implantada no tecido da celebração dos santos mistérios, antes que o câncer se ponha a proliferar de modo mais pleno e cause mais dano?
O que nós precisamos, hoje, é de um novo Atanásio, de um novo Basílio, Bispos como aqueles que no século IV lutaram contra o arianismo, quando quase toda a Cristandade tinha sucumbido à heresia. Nós precisamos, hoje, de santos capazes de reunir todos os que permaneceram firmes na Fé de modo que els possam combater o erro, e levantar os fracose os vacilantes de sua apatia”. (destaques meus)
“Great is the confusion! Who can still see clearly in this darkness? Where in our Church are the leaders who can show us the right path? Where are the bishops courageous enough to cut out the cancerous growth of modernist theology that has implanted itself and is festering within the celebration of even the most sacred mysteries, before the cancer spreads and causes even greater damage? What we need today is a new Athanasius, a new Basil, bishops like those who in the fourth century fought against Arianism when almost the whole of Christendom had succumbed to the heresy. We need saints today who can unite those whose faith has remained firm so that we might fight error and rouse the weak and vacillating from their apathy.”
(Msgr. Klaus Gamber, The Reform of the Roman Liturgy, Una Voce Press: San Juan Capistrano, CA, 1994, p. 113.)

E o então Cardeal Ratzinger, atual Papa Bento XVI, declarou que a nova Missa foi totalmente fabricada, rompendo a continuidade da tradição litúrgica:

“Depois do Concílio [Vaticano II] … em vez da liturgia como fruto de um desenvolvimento orgânico abandonamos o processo orgânico e vivo do crescimento através dos séculos, e se o substituiu — como num processo de manufatura — por uma produção fabricada, um produto banal do instante. Gamber, com a vigilância de um autêntico profeta se opôs a essa falsificação, e graças ao seu conhecimento incrivelmente rico das fontes, incansavelmente nos ensinou a respeito da plenitude viva de uma verdadeira liturgia.” (destaque nosso)
(“After the Council … in place of the liturgy as the fruit of organic development came fabricated liturgy. We abandoned the organic, living process of growth and development over centuries, and replaced it – as in a manufacturing process – with a fabrication, a banal on-the-spot product. Gamber, with the vigilance of a true prophet … opposed this falsification, and, thanks to his incredibly rich knowledge, indefatigably taught us about the living fullness of a true liturgy.”

E que pena que a senhora não tenha sabido que o Papa Bento XVI vai reformar a Missa nova.
Aguarde.
A senhora ficará surpresa.

In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli

*O professor Orlando Fedeli foi presidente da Associação cultural Montfort de 1983 a 2010.

image_pdfConverter em PDFimage_printPreparar para impressão