1658- Professor Teólogo Se Revela Um Herege Modernista

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Orlando Fedeli

Professor Teólogo Se Revela Um Herege Modernista

 

  • Localização: Canoas – RS, Brasil

Eu pensava estar lidando com pessoas/entidades sérias…
Mas constatei, contristado haver mandado uma mensagem para um antro de fanáticos, fundamentalistas, anacrônicos, moleques. Uma revista de Roma, a quem mandei uma matéria sobre “criação e evolução”, publicaram-na e discordaram, com dlicadeza e educação. O que não ocorreu em seu site.

Vejam que eu foi lhano em meu trato com vocês. e recebi uma ironia e um deboche, que não são adequados a quem se diz cristão. Discordar sim (a Teologia Moral fala em “correção fraterna) ; debochar (coisa diabólica), jamais!

Como desconheço a formação do Dom Quixote (Orlando ) e de seu fiel escudeiro Sancho Pança (Felipe Coelho) imagino-os como o auxiliar de redação e o segundo sacristão, respectivamente. Vocês é que têm ranço de sacristia! Sua “sabedoria” latinista tem cheiro de Opus Dei.

Enganam-se ao me imaginar cristão de sacristia: sou atuante, trabalho em comunidades (as ex CEBs que vocês radicais acabaram), ministro da esperança, dou aulas em cas de formação, assessoro workshops de teologia, coordeno círculos bíblicos e animo retiros de padres, religiosos e leigos. Inscrevam-se
Se querem currículo, deixei de dizer “Mestre em Escatologia”. Desculpem por eu ter estudado. Ok?

Mas não! Vocês chafurdam em cima de “verdades” clericais não dogmáticas, que se refutadas os levaria a pensar e a gastar o meio neurônio que têm na cabeça. Por isso preferem adotar o “prato feito”, do tipo “Roma locuta causa finita”. Se vocês., grosseios sapientes, lerem GS e LG verão que esse “engessamento” do pesamento (base da “santa” inquisição) foi derrogado pelos “novos ares” que João XIII e Paulo VI fizeram soprar sobre a Igreja.

Jesus diz que o Espírito (vento, pnêuma) sopra onde quer…
parece que vocês, não permitiram que ele soprasse em suas cabeças vetustas.

Sua deselegância chegou a tal ponto de, não tendo argumentos fortes para revidar, levantar a questão de um
há trocado (na digitação por a). Isso é falta de assunto e ser muito pequeno!!

Sou escritor, sim, tenho 90 livros publicados (Vozes, Loyola, Paulinas, Palloti, Santuário, Ave-Maria e outras), no Brasil e exterior (França, Argentina, Colômbia, México, Alemanha, Itália e países da África) e não me preocupo demasiadamente com ss e rr, acentos ou crases, embora portador de três cursos superiores, uma especialização, dois mestrados e um doutorado (desculpem!!).

Ao escritor é dado criar. Revisão quem faz é revisor (a quem as editoras pagam “salário mínimo”).

Ademais, quem são vocês para aferir a fé das pessoas?
Eu creio em Deus (uno e trino) e nas verdades que a Bíblia nos revela. Essa obediência hierárquica ao “magistério” para mim é relativa. Creio na Igre Católica, sim, Igreja comunidade dos que creem… creio pouco na igreja secular, hierárquica, às vezes tirana.

Mas, se é para apontar erros, em sua debochada frase “… sua sabedoria teologal…” você mostrou que não sabe a diferença entre teologal e teológico. Isto é elementar!! Minha sabedoria é teológica. Oriunda de estudo (lógos) de Deus (Theós). Minha sabedoria teologal (nas virtudes religiosas, a partir do amor, da fé e da esperança) ainda precisam de muito crescimento.

Você fala em germanismos, mas o grande guru de João Paulo II, a “coluna da ortodoxia”, o homem que comanda o Vaticano, hoje, J. Ratzinger, é alemão, como o foram os grandes Küng e Rahner.

Seu “escudeiro” (Felipe Coelho) fala mal de H. Ur von Balthassar e H. de Lubac, esquecendo-se que eles, com C. M. Martini e J. Danielou froam os maiores teólogos do século XX. Inclusive, Lubac e Danielou foram os que resgataram o estudo da Patrística, coisa que vc, deve desconhecer.

E despede-se de forma santarrona e farisaica, afirmando”-se “In Corde Jesu, semper”, hora, meu caro sacristão de meia-tigela, pelo seu nascisismo e reducionismo às adiposas conformações de seu umbigo, seria melhor que se assinasse “in corde luxfero, saepe”.

Vou orar pela conversão de vocês!
Sinceramente.

————————

Réplica de Orlando Fedeli

Furibundo Doutor Antônio Mesquita Galvão, Escritor, autor de 90 livros, Doutor em Moral, Mestre em Escatologia, Professor de Teologia, Animador de Padres, Líder das fracassadas Cebs, Ministro da esperança, Coordenador de Círculos Bíblicos, Assessor em workshops de Teologia, em suma, Doutor das canoas viradas e furadas,

Meus sinceros cumprimentos admirativos e embasbacados!

Eu sabia! Não disse ? E tinha certeza que o senhor devia ter mais diplomas! Acertei!

Foi sua modéstia que não lhe permitiu estadear, logo de início, todos os seus títulos!

Agora, sabemos que o senhor é também Mestre em Escatologia, e que é Assessor em workshops de Teologia! E Ministro da Esperança! (Que será isso? Que novidade pós conciliar será essa ?!). E etc.

Creio que, com esse currículo, lhe será fácil arranjar emprego!

Só que a Montfort* não é agência de empregos. E nem vitrina para exibir valores intelectuais reais ou fictícios.

Entretanto, por caridade, apresso-me a publicar esta sua segunda missiva, a fim de atender seu desejo de notoriedade, ou de lhe ajudar a encontrar emprego, pois temo que o senhor esteja desempregado, tal o seu desejo de expor seus títulos e diplomas.

De fato, a crise do país é muito grande, e os desempregados são milhões.

Comunica-me, pois, o senhor, um complemento de seu currículo, anteriormente enviado, esclarecendo possuir outras capacidades extraordinárias, que ainda não haviam sido reveladas:

“Sou atuante, trabalho em comunidades (as ex CEBs que vocês radicais acabaram), ministro da esperança, dou aulas em cas de formação, assessoro workshops de teologia, coordeno círculos bíblicos e animo retiros de padres, religiosos e leigos. Inscrevam-se Se querem currículo, deixei de dizer “Mestre em Escatologia”. Desculpem por eu ter estudado. Ok?”

Fique tranquilo, o senhor está desculpado.

Compreendo que apenas a sua modéstia inenarrável o fez omitir tantas preciosas qualidades suas, em sua primeira missiva.

Por espírito de cooperação vou ajudá-lo.

Embora, como lhe disse, a Montfort* não seja agência de empregos, quer o senhor que envie seu currículo para alguma agência desse tipo?

Creio que, como Mestre em Escatologia, o senhor tem pouca possibilidade de vir a ser contratado. Afinal, nenhuma entidade comercial está interessada no fim do mundo.

Mas, como Ministro da Esperança, talvez algum desesperado clube de várzea, ou alguma igrejola protestante do tipo da evangélica Bola de Neve ou da igrejola Sabão, Sopa e Salvação, possa contratá-lo.

Aliás, bem que o governo atual do país poderia nomeá-lo Ministro da Esperança, virtude muito difundida e sempre decepcionada em nosso Brasil.

Claro que há mais possibilidade de haver emprego num shopping center ecumênico das religiões mundiais, que utilize sua capacidade de assessorar ” workshops de teologia”.

Até isso existe hoje!

Efeitos do Vaticano II… no merchandising teológico

O senhor me fala em seriedade…

Meu caro senhor, títulos não substituem argumentos, e ofensas e insultos não tornam o poligenismo verdade comprovada.

Isso não é discutir seriamente.

Como o senhor, pretendendo escrever seriamente contra o monogenismo, só se preocupou em exibir seus títulos, e a nos dar apodos depreciativos, escrevendo-nos uma carta tão pouco séria? Tão pouco fundamentada?

Ou julga o senhor que é sério proclamar, sem ficar corado de vergonha: “minha sabedoria é teológica” ? E, depois desse auto elogio vergonhoso e envergonhante, julgar ainda que tem direito de negar com desenvoltura e gratuitamente o que a Igreja ensina ?

Meu caro Doutor, jactância e exibição não são conciliáveis com seriedade.

Sua primeira carta, se, por um lado, mais parecia um folhetim de propaganda eleitoral de um candidato a vereador em Alto do Goloso do Grogotó dos Pimentas, de outro lado, era ela um amontoado de frases atrevidas, agredindo a doutrina católica, com teses típicas de um herege modernista, sem base e com muita pretensão.

Agora, nesta sua segunda missiva, — mais furiosa e ainda mais herética que a primeira — o senhor quis completar seu currículo, e nos cobrir com novos insultos.

Constato ainda que o senhor nos acusa, a mim e a meu aluno Felipe Coelho, de termos “cabeças vetustas” e não ventiladas pelos ventos — pelo pneuma– do “Espírito Santo”. Sua cabeça , ao contrário das nossas, certamente parece ser muito bem ventilada. Tão ventilada, que temo estar ela pouco “recheada”. Nela, admito, sem dúvida alguma, há muita capacidade. O que se comprova pela sua nova carta, vazia de argumentos e cheia de insultos.

O senhor nos pergunta:

“Ademais, quem são vocês para aferir a fé das pessoas?”

Mas meu caro Doutor, foi o senhor que contestou nossa Fé na existência de Adão, no dilúvio, e no fundo, na Sagrada Escritura, apodando-nos de fundamentalistas do século XIX, por acreditarmos no que a Igreja católica continua ensinando, no Catecismo e nas encíclicas, sobre o monogenismo, e contra o poligenismo que o senhor defende.

Não fomos nós que lhe escrevemos. Só lhe respondemos. Só lhe demos o troco. E na moeda com que o senhor nos pagou. Sua moeda foi a do desprezo, do insulto, da tentativa fracassada de nos por em ridículo, e defendendo heresias e doutrinas contra a Fé.

Que troco quereria o senhor receber? Em que moeda?

O senhor nos apresenta, agora, o seu credo, aliás, muito curtinho, muito protestantezinho:

“Eu creio em Deus (uno e trino) e nas verdades que a Bíblia nos revela”.

Se é só nisso que o senhor crê, só falta agora nos dizer qual é a seita reformada à qual o senhor se filia.

E mais: será que o senhor crê mesmo nas verdades que a Bíblia nos revela? E o seu Adão metafórico? O senhor já se esqueceu dele?

Sua crença na Bíblia é então metafórica, e sua fé na Igreja é com restrições.

E a comprovação de que o senhor não crê, de fato, inteiramente na Unam, Sanctam, Catholicam et Apostolicam Ecclesiam, como canta o Credo, está em que o senhor afirma — para constar — que crê na Igreja Católica, mas confessa, logo a seguir, que não aceita o que o Magistério da Igreja ensina. Portanto, exatamente como Lutero, ou como o pastor Josequiel.

E confessa o senhor o seu repúdio à Igreja Católica, a única Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, insultando-a, ao escrever:

“Essa obediência hierárquica ao “magistério” para mim é relativa. Creio na Igreja Católica, sim, Igreja comunidade dos que crêem… creio pouco na igreja secular, hierárquica, às vezes tirana”.

Ilustríssimo doutor, o senhor é um herege. Ainda que herege bem pouco ilustre, o senhor é um herege completo.

Meu caro Doutor em todas as Teologias, o senhor deve saber que a Fé ou é total e íntegra, ou não existe.

Meu caro Doutor em todas as Teologias, o senhor deve saber que a Fé ou é total e íntegra, ou não existe.
Se o senhor confessa ter pouca fé nos ensinamentos da Igreja, e se o senhor a chama de “tirana” é porque o senhor é um rebelde contra ela.

E é isso que o senhor deve ensinar aos padres que o ouvem em workshops teologais.

Lamentável!

E se o senhor confessa que não aceita o Magistério da Igreja, que não liga para o que ele ensina, como declarou, em sua primeira carta, que sua defesa do poligenismo é apoiada por todas as correntes teológicas, e que, hoje, na Igreja, ninguém mais acredita no monogenismo? Para o senhor, valem mais as opiniões de teólogos do que o ensinamento do Magistério da Igreja?

Meu aluno Felipe provou que isso era falso: o próprio Catecismo da Igreja Católica defende o monogenismo e com base na Humani Generis de Pio XII, que o senhor desprezou.

Será que discutir assim é discutir seriamente?

E, para bem se identificar como herege modernista, o senhor muito desrespeitosamente chama o Cardeal Ratzinger de “guru”, e se mostra reverente para com os “grandes” — hereges modernistas — Hans “Kung e Rahnner”.

Sabendo, então, que o senhor chama a Igreja Católica de “tirana”, sabendo que o senhor se atreve a blasfemar publicamente contra a Igreja de Deus, honra-me o senhor chamar-me, em tom de insulto, de Dom Quixote.

Isso podia ser assinado por Calvino ou Lutero. Ou pelo pastor Josequiel da Igreja Evangélica da Bolha de Sabão Renovada ao Vento da Profecia.

Sim, conheço Dom Quixote …

“Oui, je le connais”.

“Et je me courbe au nom de cet hurluberlu”.

E por que se lembrou o senhor de Dom Quixote, que atacava moinhos de vento, julgando-os gigantes ?

Por acaso porque respondi ao ataque de alguém, cuja cabeça, sendo tão ventilada, gira, como a um moinho, a todo vento das novidades doutrinárias? Alguém que está sempre, como cata-vento, girando ao sabor das brisas da última moda, sempre com temor de ser taxado de não atualizado? Alguém que é adepto da Igreja Universal Aggiornata e Descartável ?

Não o julguei um gigante, não. Pelo contrário.

E o senhor ofende meu “fiel escudeiro”, Felipe Coelho, chamando-o de Sancho Pança, a ele que é tão magro, — tomando o cuidado de não responder a nenhum de seus argumentos e documentos.

Pois saiba, que, com um Coelho só, matei dois defensores do poligenismo condenado pela Igreja Católica, aquela que o senhor chama blasfemamente de “tirana”.

“Caridosamente”, o senhor encerra sua carta insultante, escrevendo-me que sou um “fariseu” “santarrão”, por despedir-me com uma jaculatória ao Sagrado Coração de Jesus.

E falando de mim, me descreve, debochando de minha devoção:

“E despede-se de forma santarrona e farisaica, afirmando”-se “In Corde Jesu, semper”, hora (sic!), meu caro sacristão de meia tigela, pelo seu narcisismo e reducionismo às adiposas conformações de seu umbigo, seria melhor que se assinasse “in corde luxfero (sic!), saepe”.

Compreendo que quem chama a Igreja Católica de “Tirana”, me desaconselhe encerrar minhas cartas com uma referência ao Sagrado Coração de Jesus.

Compreendo que um adepto furibundo da Igreja Universal Aggiornata e Descartável, me aconselhe que, em vez de me despedir, em minhas cartas, com uma jaculatória ao Sagrado Coração de Jesus, recomenda que eu faça uma oração a Lúcifer e ao coração dele, “cheio de mentira e de ódio homicida”.

Vae vobis, laudatoris diaboli, dominus nefandus ecclesiae universalis aggiornata et descartabilis.

Repudiando sua sugestão demoníaca, e, apesar de sua irritação, querendo honrar a Nosso Senhor por seu Coração infinitamente misericordioso, me subscrevo in Corde Jesu semper,

Orlando Fedeli.

*O professor Orlando Fedeli foi presidente da Associação cultural Montfort de 1983 a 2010.

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