412- Emolumentos Paroquiais e Festas na Igreja

Data

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no email
Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no email
Compartilhar no whatsapp
image_pdfConverter em PDFimage_printPreparar para impressão

Orlando Fedeli

Emolumentos Paroquiais e Festas na Igreja

 

  • Localização: Ribeirão Preto – SP, Brasil

 

 

Prezado Prof. Orlando Fedeli

Que a Paz de Cristo esteja contigo

Quero parabenizá-lo por este trabalho maravilhoso em favor do povo católico, pois muito tenho aprendido lendo seus artigos e estudos.

Desculpe incomodá-lo, mas preciso tirar duas dúvidas que muito me incomodam na Igreja que são as taxas cobradas no batizados, casamentos, intenções nas Missas ,etc. e as festas ou promoções realizadas nas paróquias com o objetivo de angariar dinheiro.

Eu penso que o correto seria ensinar os paroquianos a contribuir com o dízimo e as ofertas e evitar a cobrança das taxas e a realização das festas ou promoções onde são vendidas até bebidas alcoólicas.

Professor será que eu estou errado em pensar assim?

Certo de sua atenção aguardo seus sábios ensinamentos a respeito destes assuntos.

Obrigado,

Atenciosamente.

 

—————

 

Muito prezado, Salve Maria.

Muito lhe fico agradecido por suas palavras tão generosas acerca de nosso trabalho em defesa da religião Católica, a única Igreja verdadeira, a única Igreja de Cristo. Agradeço a Deus que nos permite servi-lo. Peço-lhe que reze por nós, do site Montfort*, para que permaneçamos fiéis a Deus e à sua Palavra.

Suas perguntas não me trazem incômodo, mas sim a oportunidade de esclarecer a você, e a outros, e assim praticar a caridade. Deus lhe pague, então, por sua pergunta e por sua confiança.

O sacerdote tem direito de viver do altar, nos ensina São Paulo (I Cor. IX,13) – como é natural – é justo que se dê ao sacerdote o que ele possa viver condignamente.

Na Igreja, se pagava o dízimo, que significa a décima parte do que se ganha. A Igreja fez mesmo um mandamento (o 5°.):”Pagar dízimos,”segundo o costume“.

Repare: “segundo o costume“, isto é, não exatamente e matematicamente a décima parte do que se ganha, mas sim, o que o costume estabeleceu.

No Brasil, o costume sempre foi que cada um desse o que lhe fosse possível, quando pudesse, de acordo com a consciência.

O que se faz, hoje, exigindo matematicamente a décima parte do que se ganha, contraria o costume, e é, de fato, um abuso pois numa época de tão grande crise fica bem difícil a um operário braçal ou a uma empregada doméstica – ou a um professor… – pagar o dízimo, a décima parte do que ganha.

Veja, então, a sabedoria da Igreja ao mandar pagar o dízimo “segundo o costume. Se a Igreja age com sabedoria, é de lamentar que muitos sacerdotes se recusem fazer casamentos de graça, para os pobres, ou que cobrem altas quantias para adornar a Igreja.

Conheço o caso de uma empregada doméstica que, não podendo pagar as despesas do casamento, na Igreja, ia se “juntar” por falta de dinheiro. Graças a Deus, ela tinha uma excelente patroa, que lhe pagou todas as despesas do casamento e, ademais, arranjou-lhe o vestido de noiva.

O Padre deveria ter agido de modo semelhante. Curioso é que essa dureza de coração exista especialmente na hora em que se fala tanto – e tão demagogicamente – em opção preferencial pelos pobres.

Conheci um padre pró-guerrilha comunista, que pôs fora da Faculdade Católica que ele dirigia, um professor pobre, que só tinha aquele emprego, só porque o professor era contra o comunismo. E o substituiu por uma professora marxista…

Justiça caolha do clero progressista…

Quanto às festas “paroquiais”, lamentavelmente, elas são organizadas, muitas vezes, apenas para arrecadar dinheiro. Você critica, com razão, a venda nelas de bebidas alcoólicas. Mas … e o que acontece nessas festas, que muitas vezes incluem baile e rock, o que acontece em matéria de impureza?

Escreva-me sempre. E, se lhe for possível, venha nos procurar em São Paulo, se vier à capital.

In Corde Jesu,

Orlando Fedeli

*O professor Orlando Fedeli foi presidente da Associação Cultural Montfort de 1983 a 2010.

image_pdfConverter em PDFimage_printPreparar para impressão