552- Paróquia “Espírita”

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Orlando Fedeli

Paróquia “Espírita”

 

  • Localização: Curitiba – PR

 

Sr. Fedeli, conheci o site Montfort* quando iniciei, por interesse cultural no tradicionalismo, uma pesquisa sobre a Missa Tridentina e sobre o Concílio do séc.XX. O conteúdo do site foi muito útil para a minha compreensão sobre estes e outros temas católicos que são expostos de forma diferente pelos párocos atuais, que chegam em alguns casos a demonizar o tradicionalismo e transformar o Concílio Vaticano II no seu “santo de devoção”.
Depois de estudar um bom tempo da minha vida em um colégio católico marista, me vi completamente ignorante em matéria de religião e voltado à prática do protestantismo. Imagino que mesmo os mais tradicionais colégios católicos estejam decaindo na prática e no ensino da Fé, e a razão sabemos bem que é o espírito falso de ecumenismo que leva à criação duma “religião individual e descompromissada”.
Após um longo tempo afastado do Catolicismo, retornei à Religião por meio das minhas leituras realizadas nos sites católicos (exclua-se da lista de sites católicos os sites ligados à RCC, TFP, Teologia da Libertação e outros sites heterodoxos) e em livros sobre a Religião.
Vejo que os católicos, em sua maioria, apóiam ou ignoram os erros rebeldes dos padres “moderninhos” da RCC e de similares, chegando ao cúmulo de apoiar Missas em que se dança baião e a celebração de missas em que estejam presentes “pais de santo” do Candomblé no Altar.
Tendo me delongado um pouco, o que creio ser necessário para explicar o como o site Montfort* ajudou no esclarecimento de temas que ninguém jamais havia me explicado, e por isso agradeço. Gostaria de expor alguns fatos que são necessários para que entenda a minha pergunta.
Na paróquia em que eu freqüentava, eram muito comuns menções do padre à política (apoiando sempre a esquerda) e as deformações na ordem da missa e da organização paroquial , das quais citarei apenas algumas recentes:
1- O padre disse “O Senhor esteja convosco”, e quando os fiéis responderam como de costume, o padre disse “Se Ele está no meio de Nós, então, Corações ao Alto”… e assim prosseguiu.
2- Durante a missa o padre chama os fiéis ao microfone para “darem testemunho” dalgum milagre que possa lhes ter acontecido na semana.
3- O padre chama todos os aniversariantes da semana ao microfone e depois todos cantam “parabéns pra você”, batendo palmas.
4- As músicas quase sempre vem acompanhadas de palmas.
5- Os confessionários são deixados às moscas, enquanto os fiéis fazem a sua confissão como se estivessem falando com um médico no consultório.
6- A paróquia promove às 3ªs feiras um encontro de meditação em que os fiéis são chamados a “mentalizarem uma luz” e deixarem esta luz operar em si; e depois leigos impõe as mãos sobre os fiéis e lhes aplicam um “passe” (de modo TOTALMENTE IGUAL AO KARDECISMO ESPÍRITA cujas reuniões eu no passado tive a infelicidade de presenciar).
7- A paróquia recebe em cada missa aproximadamente de 70 a 100 fiéis (a estimativa é minha), e no entanto o padre é auxiliado por aprox. sete ministros extraordinários da eucaristia, o que é um número excessivo.
8- Um destes ministros extraordinários é abertamente metrossexual, usa brincos, pinta o cabelo (aparentemente) e veste-se quase sempre de cor-de-rosa.

No último domingo fui a uma missa conservadora (embora siga a liturgia de Paulo VI) que tem coral gregoriano, etc… e apesar disto, notei que os confessionários são deixados às moscas e que eu fui o único fiel que recebi a comunhão na boca (embora estivesse de pé, pois seria exagero me ajoelhar, e iria chamar atenção desnecessária)… e o padre ainda me olhou com um olhar desafiador por ter de me entregar o Sacramento na boca. Também notei que em ambas as paróquias a penitência foi simplificada de modo que não precisamos mais falar a quanto tempo nos confessamos e nem rezar a Contrição e em ambas as paróquias os fiéis batem palmas para o coral.

Existe algum meio de denunciar estas irregularidades na paróquia que eu usei no meu primeiro exemplo? seria melhor que eu falasse primeiro com o padre (apesar de achar que ele não irá me ouvir)? Devo eu me ajoelhar na comunhão mesmo que isto possa atrair uma repreensão do padre, ou devo continuar a receber a comunhão em pé para respeitar o costume da comunidade?

Contando com sua resposta para me orientar quanto às medidas necessária, já que meu conhecimento sobre a organização da Igreja é muito pequeno, apesar de saber bem dos abusos cometidos na paróquia “espírita”, agradeço pela atenção dispensada.

 

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Muito prezado,
Salve Maria!

O que você conta dessa paróquia “espírita” é inacreditável. A que ponto chegou a prática religiosa !
Tudo o que você contou são abusos que profanam a Missa e que o papa João Paulo II condenou. Mas todo mundo aplaudia João Paulo II. Só que ninguém o obedecia.
Esses padres já nada tem de católicos. Aí se vê a quê conduziu o ecumenismo. Essa é a tirania do relativismo.
Você deve comungar recebendo a hóstia na boca pois esse é um direito assegurado pelo Redemptionis Sacramentum de João Paulo II. Para evitar problema maior, pode comungar de pé.
Fico bem contente pelo fato de que o site Montfort* o tenha ajudado a recuperar a Fé e a prática da religião.
Um grande abraço amigo. Escreva-me sempre.

In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli

 

*O professor Orlando Fedeli foi presidente da Associação Cultural Montfort de 1983 a 2010.

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