Orlando Fedeli
Heresia Protestante em Folheto de Missa
- Localização: São Paulo
Prezados amigos da Montfort*,
Salve Maria!
Lamentavelmente, o texto que eu estou transcrevendo abaixo foi retirado de um folheto de missa. É quase inacreditável a ousadia dos modernistas. É uma verdadeira infâmia o que escreveram sobre a Sagrada Eucaristia, apresentada como uma simples “refeição”. E a forma como o infeliz autor se refere à Hóstia Sagrada! A que ponto chegamos! Eis um grande exemplo dos frutos podres do último concílio.
In Corde Iesu,
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VIDA E MISSÃO
40o ANIVERSÁRIO DA SACROSSANTUM CONCILIUM
A SAGRADA LITURGIA (39)
“Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus quando ele partiu o pão” (Lc 24,35)
Vale a pena inistir no caráter de refeição da celebração da missa, se quisermos avançar no caminho aberto pela Constituição litúrgica, 40 anos atrás.
Quando a gente se reúne cada domingo, a gente está atendendo a um pedido de Jesus, um pedido muito caro a seu coração.
Ele gosta de ver seus discípulos reunidos em seu nome. Este é o momento por excelência de experimentar a presença do Ressuscitado entre nós. Ele chega, antes de tudo, para nos comunicar sua paz. O momento decisivo, porém, de experimentar esta presença real e dinâmica é, justamente, quando repartimos entre nós, irmãos e irmãs, o pão e o vinho, em sua memória, como ele mesmo nos mandou. E não há magia nem milagre, é um “sacramento”, isto é, um sinal, ou, como diziam os gregos, um “mistério”, segredo que só aos iniciados, no caso, os evangelizados, é dada a graça de desvendar, e, por isso, um “Mistério de Fé”.
Mas para ser um sinal realmente significativo, precisa ser dado com toda a sua força de expressão, não pode ser um “faz de conta”. E a este respeito precisamos superar as distorções de certa teologia desencarnada e espiritualista, que, em detrimento do realismo evangélico e do valor de tudo quanto é corpo e matéria, criação de Deus, reduziu a expressão sacramental ao mínimo dos mínimos, vale dizer, à insignificância: o banho do batismo se reduziu a uns pingos d”água; a unção dos enfermos, a um triscar com uma gota de óleo; o pão da Ceia do Senhor, a uma pequenina “ficha”.
Mesmo se nos ativermos à tradição do pão ázimo, coisa que não precisaria ser tão rigorosa, já que, por exemplo, as Igrejas do Oriente desde sempre o rejeitaram, bem que poderíamos fazer uma coisa que se possa perceber que se trata de pão, pois foi pão de verdade que Jesus tomou e deu aos discípulos.
Pão que se possa mastigar e ter a real sensação de que está se alimentando. E, nesse comer de verdade, experimentar “quão suave é o Senhor”, sentir-se em profunda comunhão de vida e destino com Aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida! Pão que a gente partilha entre todos e, ao comer da mesma mesa, do mesmo pão, nos sentir a formar um só Corpo, com Aquele que é nossa Cabeça, nosso traço-de-união.
Em comunidade, em clima de aconchego, fica mais fácil de resolver o problema. Quando se trata de multidão, como chegar a uma solução verdadeira, sem sair pela tangente da lei do menor esforço?… Experimentamos tudo isso meditando e cantando de novo o Salmo 147!
Reginaldo Veloso
Folheto de missa – Deus conosco 21/09/2003
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Muito prezado,
Salve Maria.
Você tem toda a razão. esse folheto é completamente herético. Coloquei em destaque, no texto que você me mandou as partes escandalosamente heréticas escritas por esse tal de Reginaldo Veloso (Folheto de missa – Deus conosco 21/09/2003. Editora Santuário – Rua Pe. Claro Monteiro, 342 – Aparecida/SP site: http://www.redemptor.com.br).
Esse folheto não devia ser chamado Deus Conosco, mas sim A Mentira Conosco.
E não esqueçamos quem é o pai da mentira: o Diabo.
Não foi só a fumaça de Satanás que entrou no templo de Deus, como reconheceu Paulo VI. O diabo também entrou lá. E em Aparecida.
Como os Bispos que controlam o Santuário de Aparecida permitem que o povo seja envenenado por tais heresias?
Então, num folheto de Missa, se ousa escrever que “Vale a pena insistir no caráter de refeição da celebração da missa”, pois isso é que teria sido ensinado pelo Vaticano II?
Isso foi ensinado por Lutero.
E ainda que “precisamos superar as distorções de certa teologia desencarnada e espiritualista”, (…) e que na Missa “se trata de pão, pois foi pão de verdade que Jesus tomou e deu aos discípulos”. negando explicitamente a presença real de Jesus na Hóstia consagrada?
Para que serve então a CNBB, além de ajudar a sovietizar o Brasil?
Por que seus Bispos não punem tal heresia patrocinada por um folheto de Missa no principal santuário do Brasil?
Não haveria mais quem tenha zelo pela Fé e pela Hóstia consagrada?
Esperamos que Nosso Senhor desperte o zelo santo de alguns de nossos Bispos, pois que os deve haver.
Escreva-me sempre.
In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli
*O professor Orlando Fedeli foi presidente da Associação cultural Montfort de 1983 a 2010.