860- “Salmo” de Macumba no Seminário

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Orlando Fedeli

“Salmo” de Macumba no Seminário

 

  • Localização: Brasil

Caro Prof. Orlando Fedeli,

Salve Maria!

Novamente estou enviando-lhe este e-mail para esclarecer algumas questões concernentes à situação da Igreja nos dias atuais, desta vez principalmente no que diz respeito à sagrada liturgia.

Sou seminarista menor de uma congregação religiosa aqui no Nordeste.

Usamos para as nossas orações comunitárias um conhecido livro, o ODC – Ofício Divino das Comunidades, o qual considero inadequado. Nesta referida pretensa adaptação da Liturgia das Horas, há determinados absurdos que gostaria de comentar. Um deles, talvez o principal seja uma adaptação repleta de sincretismo religioso nos salmos (salmos estes adaptados). O salmo 72 é um exemplo:

“Salve Olorum, NOSSO DEUS, salve Tupã, NOSSA LUZ.
Salve o terreiro de irmãos, o Rei da nação, saravá meu Jesus.”.

Outros salmos chamam Deus de “mãe”. Os defensores de tal “título” baseiam-se na afirmação do Papa João Paulo I. O que o sr. acha sobre tudo isto?

Outra coisa que me deixa muito triste é a situação da sagrada Liturgia nos dias atuais. Como disse o Cardeal Ratzinger, estamos vivendo uma “anarquia litúrgica”, devido à “incorreta aplicação da Constituição “Sacrosanctum Concilium”. Já o sacerdócio ministerial está ficando ofuscado na liturgia, entretanto, graças à Encíclica “Ecclesia de Eucharistia”, onde o Papa afirmou que o sacerdote é o verdadeiro celebrante do Sacríficio Eucarístico, podem haver mudanças.

Mas há um ponto que me deixa uma dúvida mais marcante. É a questão do uso do latim e do Canto Gregoriano, que estão profundamente presentes na tradição litúrgica romana e hoje foram quase que completamente esquecidos.

Como o sr. falou em outra reposta, a SC afirmou que deveria se ampliar o uso do vernáculo, e não usá-lo na totalidade da celebração, abandonando o latim.

Como trabalhar ca questão do latim e do Canto Gregoriano hoje? A primeira resposta do povo quando se fala do uso destes é: “Mas a gente não entende nada…”. Como o sr. acha que devemos reavivar estas tradições, de acordo com as circunstâncias atuais?

Desculpe-me pela grande extensão deste e-mail, mas gostaria de perguntar-lhe só mais algumas coisas: por que o sr. não concorda com o fato das mulheres fazerem as leituras nas celebrações? Há previsão para sair o tão comentado documento contra os abusos litúrgicos? Há possibilidade de o sr. enviar-me as fotos das missas “clown, motoqueira”, “basketball”… que o sr. afirmou receber?

Cheio de gratidão, peço-vos orações pela minha vocação sacerdotal, com votos de um feliz 2004 e de muito sucesso para a Associação cultural Montfort*.

————–

Prezado, salve Maria!

Antes de tudo quero lhe pedir licença para publicar sua carta, porque sua denúncia desse absurdo “salmo” macumbífero é de estarrecer. Isso é um escândalo e uma blasfêmia que indica qual o nível dos seminários atuais.

Caso não seja possível publicar sua carta com seu nome, pediria licença para denunciar esse fato escandaloso, sem citar seu nome. Essa é uma monstruosidade que não se pode deixar sem denúncia.

Chamar Deus de mãe é diretamente contra a revelação, porque Nosso Senhor nos ensinou que rezássemos chamando Deus de Pai, e não de Mãe.

Chamar Deus de mãe, é não só influência do feminismo, mas bem pior da Gnose, para a qual na divindade haveria uma dualidade masculina – feminina.

Claro que João Paulo I, que parecia não conhecer o tema, cometeu um lapso nisso.

O Papa João Paulo II mandou reintroduzir o gregoriano. O povo facilmente aprende canções. O gregoriano tem tal elevação e tal santidade, que ainda que, a princípio, o povo não entenda o latim, havendo tradução do texto ao lado do latim, rapidamente o povo entenderá o que canta. Cabe perguntar ainda: e o povo entende o que canta em português?

Por exemplo, que seminarista entende que cantar para Olorum e Tupã é invocar demônios já que os Salmos e São Paulo ensinam que todos os deuses pagãos são demônios ?

Não cabe às mulheres fazerem leituras da Sagrada Escritura oficialmente na missa, porque isso vai contra a explícita proibição da Sagrada Escritura onde São Paulo diz: “Na igreja, a mulher se cale”.

Querer fazer o oposto do que manda São Paulo é introduzir uma liberdade que destrói todo o valor da revelação divina.

Creio que as fotos das Missas-clown (http://www.montfort.org.br/veritas/comparativo_missas.html) serão publicadas logo mais, no site Montfort*.

Os decretos contra os abusos na Missa deveriam ter já saído até o Natal, como foi anunciado pelo Cardeal Arinze. Não sairam ainda. o que indica a violenta luta que se desenvolve no Vaticano para barrar ou para publicar esses decretos. Veremos quem vencerá, se a Igreja ou os Modernistas hereges.

In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli

*O professor Orlando Fedeli foi presidente da Associação cultural Montfort de 1983 a 2010.

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