O Domingo de Ramos e o Desapego das Honras deste Mundo

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Gabriel de Paula

O DOMINGO DE RAMOS E O DESAPEGO DAS HONRAS DESTE MUNDO

 

Hoje a liturgia católica celebra o Domingo de Ramos, uma das celebrações preferidas do povo cristão, de uma liturgia riquíssima (me refiro a semana santa antes de Pio XII) e de grandes ensinamentos.

Nosso Senhor entra triunfante em Jerusalém, aclamado pelo seu povo como o Rei que vem em nome do Senhor. Porém, toda essa pompa não altera em nada os sentimentos daquele que é levado por um jumentinho. Sendo assim, a partir da explicação sobre essa constância de espírito é possível praticar o desapego das honras deste mundo.

Jesus Cristo ao chegar em Jerusalém não prosseguia com o intuito de ser louvado, Ele já tinha se declarado inimigo desse mundo (Jo 15,18-19). No entanto, vale lembrar que tal louvor não era considerado pelo Salvador como algo ruim, mas como algo indiferente. Tal indiferença se explica a partir da finalidade com que Ele entrava na Terra Santa: fazer a vontade do seu Pai através da sua morte de Cruz.

Se ser católico é imitar Nosso Senhor, que exemplo Ele nos dá! Sem se importar com as honras deste mundo, vive somente em busca do que é eterno. Por consequência, vai diretamente ao encontro da sua Cruz. “(…) como um cordeiro que se conduz ao matadouro, Ele estava como uma ovelha muda nas mãos do tosquiador” (Is 53,7).

Dessa maneira, mostrou como as homenagens desta vida são inconstantes e o juízo dos homens injusto. Aceitou ser desprezado, humilhado e morto da pior forma pelos mesmo que o louvaram, com o intuito de cumular de méritos o sacrifício de amor que faria por nós.

Isso tudo ocorreu em um intervalo de 5 dias, para mostrar que todo aquele que edifica sua vida com base nas glórias mundanas, constrói uma casa na areia, uma simples chuva acaba por destruí-la.

De outro lado, como são contrárias nossas atitudes. Quantas vezes não sacrificamos nossa alma pelas honras desse mundo? Quantas vezes não deixamos de lado nossa vida espiritual buscando bens e confortos puramente terrenos? Quantas vezes pecamos para cumular dinheiro e fama? Pobre de nossas almas, ainda não conseguimos compreender a finitude desta vida e a eternidade da outra. Nós continuamos construindo nossa casa sobre a areia.

Sendo que uma mentira, uma doença, uma adversidade pode ser a tempestade necessária para levar nossa casa a destruição.

Assim, a verdadeira indiferença dos louvores humanos que Nosso Senhor praticou deveria nos inspirar a fazer o mesmo, pois, Ele nos ensinou que não é possível servi-lo e procurar as honras desse século. São Francisco de Sales já dizia: “Ó alma, tu és capaz de possuir a Deus; infeliz de ti se te contentas com menos do que Deus”. Infeliz da alma que prefere construir sua casa em terreno arenoso do que na rocha da salvação, infeliz da alma que prefere as glórias desse mundo.

Portanto, se um dia sonhamos em entrar triunfante na Jerusalém celeste e ressuscitar com Nosso Senhor no fim dos tempos, precisamos desprezar as honras desse mundo e morrer pelo seu amor depois, pois, assim Ele fez ao morrer por amor a nós.

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