Orlando Fedeli
Abusos na Arquidiocese de Goiânia
- Localização: Goiânia – GO
Paz e bem!
Caríssimo irmão em cristo, estou lhe escrevendo para relatar um acontecimento um tanto revoltante para quem assim como eu entende e aprecia a liturgia. Na Arquidiocese de Goiânia-GO nas Missas na minha Paróquia quem dispõe o altar para o Padre são os ministros da Eucaristia e da mesma forma após a comunhão são os mesmos quem retiram e purificam os vasos sagrados enquanto o Padre se senta. A comunhão é entregue na mão ou em forma de pinça. O Padre convida a assembléia a rezarem com uma parte da oração Eucarística além de modificar várias frases.
Eu particularmente fico triste em ver que a liturgia esteja sendo tão banalizada e depredada depois do surgimento da tal teologia da libertação e companhia limitada.
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Muito prezado,
Salve Maria.
O que você conta que se faz nas missas em sua paróquia é compleamente contra o que deve ser a Missa.
Com a Nova Missa de Paulo VI — e com o Concílio Vaticano II –, houve uma clericalização dos leigos e uma laicização dos padres. Exatamente como queria Lutero, e como quer o protestantismo. Esses ”ministros da Eucaristia” se arrogam direitos que não têm. E o Padre renuncia ao seu dever sacerdotal, porque quer se fazer de leigo. Por isso, é de espantar que poucas sejam as vocações sacerdotais?
Por isso, é de espantar que padres, hoje, se vistam como leigos — e esportivamente –, para não dizer grosseiramente?
Foi a Nova Missa quem causou a agonia da Liturgia. Com razão escreveu o Cardeal Ratzinger, hoje, o Papa Bento XVI, que considerava a Nova Liturgia como, em grande parte, a causadora da crise da Igreja, pois que ela consistiu numa ruptura com a Litrugia da Igreja.
Eis o texto do então Cardeal Ratzinger no qual ele diz isso:
“Estou convencido que a crise eclesial em que nos encontramos hoje depende em grande parte do desmoronamento da liturgia, que por vezes vem concebida diretamente como se Deus não existisse – “etsi Deus non daretur” – como se nela não mais importasse se Deus existe, se nos fala e se nos ouve. Mas, se na Liturgia não aparece mais a comnhão da fé, a unidade universal da Igreja e de sua história, o mistério de Cristo vivo, onde a Igreja aparece ainda na sua substância espiritual?” (Joseph Ratzinger, A Minha Vida, p. 115, apud Antonio Socci, Il Quarto Segretto di Fatima, Rizzoli, Milano , 2006, p. 212).
E que houve uma ruptura na liturgia da Igreja, o cardeal Ratzinger o afrmou nesse outro texto que lhe cito agora:
“Fiquei estarrecido pela proibição do Missal antigo, pelo fato de que uma coisa como essa jamais se verificara na história da Liturgia.(…) A promulgação da proibição do Missal que se tinha desenvolvido no curso dos séculos, desde o tempo dos sacramentais da Antiga Igreja, comportou uma ruptura na história da Liturgia” (Joseph Ratzinger, A Minha Vida, p. 115, apud Antonio Socci, Il Quarto Segretto di Fatima, Rizzoli, Milano, 2006, p. 212, nota 361)
Não foi a Montfort* quem disse isso. Foi o Cardeal Josph Ratzinger, hoje, o Papa Bento XVI. Ele é quem declarou que a Nova Missa rompeu com a litrugia da Igreja.
O que acontece em sua paróquia, em Goiânia, acontece em milhares de igrejas no mundo todo. A crise é universal. Só os padres moderninhos não querem compreender isso. E enquanto o Papa Bento XVI não conseguir extirpar esses abusos, restaurando a Missa de sempre, a crise da Igreja e a do Clero continuará com a perda de milhões de almas.
Rezemos pelo Papa.
In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli