1275- E agora? Como Fica o Ecumenismo? E Como Fica o Concílio Vaticano II

Data

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no email
Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no email
Compartilhar no whatsapp
image_pdfConverter em PDFimage_printPreparar para impressão

Orlando Fedeli

E agora? Como Fica o Ecumenismo? E Como Fica o Concílio Vaticano II

 

  • Localização: São Paulo – SP

Caro Professor,

Não vejo em que Bento XVI desmerece o ecumenismo na audiência geral citada. Primeiro, ecumenismo refere-se ao diálogo entre cristãos que foram batizados em Igrejas com bispos ordenados, trata-se da busca da reconcilição, da busca do reencontro com os irmaõs rebeldes, os irmãos separados, como diz o catecismo. Não perssupõe o abandono à verdade, nem à doutrina. A leitura feita por alguns teólogos da TL do ecumenismo decorre de sua oposição ao magistério, não de sua leitura do Vaticano II. Na verdade, fazem a leitura a partir da oposiçao ao magistério, o que é inconsistente, haja visto que o magistério fez o concílio.

Com relação ao diálogo inter-religioso, é um convite comum à busca da verdade e vai ao encontro do bem comum, mas não se refere a “encontrar um denominador comum”.

Com relação às sementes do verbo, Bento XVI, citando S Justino, sublinha a necessidade da racionalidade, da impossibilidade de se chegar ao conhecimento de Deus pela razão e da verdade. E dá como exemplo o relacionamento dos cristãos com filosofia grega, nascida em uma religião falsa. Assim, podemos concluir que é possível existir uma semente do verbo, que nos impele ao diálogo, sem contudo pactuar com crenças falsas, como bem fez S Justino.

—————–

Muito prezado,
Salve Maria.

Compreendo perfeitamente que você começa sua carta dizendo que não vê como o ecumenismo fica atingido gravemente pelo que disse Bento XVI. O que explica que você não veja é a venda que você mantém sobre os olhos com seu falso conceito do ecumenismo.
Para você, “ecumenismo refere-se ao diálogo entre cristãos que foram batizados em Igrejas com bispos ordenados, trata-se da busca da reconcilição, da busca do reencontro com os irmaõs rebeldes, os irmãos separados, como diz o catecismo. Não perssupõe o abandono à verdade, nem à doutrina”.
Coloquei em vermelho as palavars que comprovam o erro que o cega.
O que você chama de “cristãos que foram batizados em Igrejas com bispos ordenados” na verdade se trata de hereges e eles — pelo menos os protestantes — não tem Bispos de modo algum. A Igreja declarou oficialmente no tempo de Leão XIII que nem os anglicanos possuem o sacerdócio, e que todas as suas ordenaçãoes são inválidas e falsas.

O que separa nós católicos dos protestantes é a heresia em que eles caíram, exatamente a doutrina falsa que eles defendem.
Os hereges defendem a mentira negando o que Cristo revelou.
Por incidir nesse erro muito grave, você não entende o que é o ecumenismo e como o discurso de Bento XVI o atinge.

Outro erro bem garve em que você cai é o de afirmar:

“Com relação ao diálogo inter-religioso, é um convite comum à busca da verdade e vai ao encontro do bem comum, mas não se refere a “encontrar um denominador comum”.

Nessa frase você cai em várias heresias. Por exemplo dizer que a Igreja Católica estaria em busca da verdade.
A Igreja Católica não está em busca da verdade. Ela tem a Verdade que lhe foi dada pelo próprio Cristo. Você, infelizmente, não considera que a Igreja tenha a Verdade.
Você, por causa do ecumenismo, julga que a Igreja católica é apenas uma entre outras, e que nenhuma religião tem a verdade completa.
E isso é heresia modernista que lhe entrou na cabeça pela pregação dos erros do Concílio Vaticano II.

Quanto a seu comentário do que disse Bento XVI, você erra também. O papa mostrou como a razão natural – na filosofia grega – alcançou verdades a respeito de Deus, como as provas de sua existência, a de sua unidade, infinitude e outras mais que são os pródromos da Fé. A teodicéia prepara a Fé. E a teodicéia é o estudo de Deus por meio da razão, enquanto a teologia o faz à luz da revelação. Bento XVI mostrou que os Apologetas exaltaram e aproveitaram o valor racional da filosofia grega, mas que repudiaram a religião pagã como satânica.

Os Padres da Igreja só aceitaram as sementes do Verbo — as sementes da Verdade — existentes na Filosofia racional grega, nunca na religião grega que era mentira diabólica. Portanto, os Padres da Igreja, os Apologetas, nunca praticaram o ecumenismo.

E o decreto Ad gentes do Concílio Vaticano II disse o contrário.

São Justino não dialogou com as religiões falsas, porque ele sabia muito bem o que Jesus Cristo ordenou: “Ide e ensinai a todos”. Cristo nunca disse “Ide e dialogai”
Foi o Vaticano II que mudou a ordem de Cristo inventando uma igreja dialogante que não seria mais mestra da Verdade.

Recomendo-lhe que estude o Catecismo Romano para voltar a ser católico.

In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli

image_pdfConverter em PDFimage_printPreparar para impressão