1544- Pe. Quevedo Nega a Doutrina da Igreja Sobre a Ressurreição

Data

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no email
Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no email
Compartilhar no whatsapp
image_pdfConverter em PDFimage_printPreparar para impressão

Orlando Fedeli

Pe. Quevedo Nega a Doutrina da Igreja Sobre a Ressurreição

 

  • Localização: Recife – PE,

Prezado sr. Orlando Fedeli.

Gostaria, por favor, que comentasse esse texto que encontrei no site do Padre Quevedo. Se quiser ler o texto todo o site é www.catolicanet.com/clap/conteudo.asp?pagina=30, mas eu transcrevo aqui apenas a parte que me chamou mais atenção:

“…Eu admiro a fé dos cristãos, mas no Brasil, quando os padres rezam o Creio, se diz: “… creio na ressurreição da carne…”, me dá uma vontade de levantar os olhos e dizer: Eu não… E continuar rezando. Em grego, a palavra que está na oração não significa carne, significa ser humano, …”creio na ressurreição do homem…”, não da carne.

Mas e a ressurreição de Cristo?, pois Ele ressuscitou exatamente seu corpo que havia sido sepultado…

Com Cristo, havia um motivo especial para que ressuscitasse precisamente aquela energia corporal (corpo), com a mesma idade, características, chagas, etc de quando Ele foi crucificado (e não ressuscitou criança ou mais velho ou diferente) : para que todos entendessem a ressurreiçao, Cristo venceu a morte. Senão os apóstolos não iam entender nada! Para ensinar o Dogma da Ressurreição do homem, e não da carne, Cristo fez o milagre de ressuscitar precisamente igual àquele corpo da cruz.

Cristo ressuscitou aqui, no plano material (e com isso ensinou e provou aos homens , sua Divindade, a Ressurreição e a Vida Eterna), e depois “subiu aos céus”, foi para o Pai (plano sobrenatural); mas conosco, ressuscitaremos não aqui, mas na eternidade, no plano sobrenatural.”

Quando dizemos “creio na ressurreição da carne” não estamos falando da ressurreição do fim dos tempos? O que ele diz é certo?

———————

Prezado, salve Maria.

Perdoe a demora em responder sua pergunta. Múltiplos afazeres me atrasaram.

O texto que você me enviou do Padre Quevedo é estarrecedor. E não sei o que estarrece mais: se a ousadia desse padre em negar o que ensina o Credo, ou a ousadia de sofismar tão escancaradamente.

O fato de esse padre negar tão afrontosamente o que a Igreja sempre ensinou indica o nível de desagregação a que se chegou: nada acontece a ele. Ninguém o pune por negar diretamente o Credo. Nada acontece por sugerir uma fórmula que insinua e induz a erro.

Estarrecedor então é ele dizer que: “…Eu admiro a fé dos cristãos, mas no Brasil, quando os padres rezam o Creio, se diz: “… creio na ressurreição da carne…”, me dá uma vontade de levantar os olhos e dizer: Eu não… E continuar rezando. Em grego, a palavra que está na oração não significa carne, significa ser humano, …”creio na ressurreição do homem…”, não da carne.”

Pois veja bem a tolice que ele afirma: quem ressuscita não é a carne. Quem ressuscita é o ser humano.

Ora, o homem é composto de alma e corpo. Quando o homem morre, a alma separa-se do corpo .

O que morre é, sim, o ser humano, porque o homem é a unidade corpo-alma.

Mas o Padre Quevedo não pode negar que o corpo é que apodrece após a morte, e que a alma é imortal. Se a alma é imortal, ao morrer o ser humano, o que propriamente “morre” é o corpo, por isso o homem morre.

O homem morto continua a existir, porque sua alma continua viva, existente.

Quem ressuscitará então, propriamente, é o corpo humano e, reconstituído em sua unidade substancial, o homem ressuscita.

O modo impreciso e atrevido com o qual Padre Quevedo se exprime insinua que o Credo está errado, pois se é o ser humano enquanto tal que ressuscita, pode-se ser induzido ao erro de pensar que a alma também morreu.

Portanto, está bem certo o Credo ao usar a fórmula “Creio na ressurreição da carne” e não “creio na ressurreição do ser humano” como pretende e propõe Padre Quevedo.

In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli.

image_pdfConverter em PDFimage_printPreparar para impressão