1594- Maçonaria, Liberdade, Igualdade, Fraternidade

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Orlando Fedeli

Maçonaria, Liberdade, Igualdade, Fraternidade

 

  • Localização:  Brasil,

Prezado Professor Orlando

Fazendo uma pesquisa, encontrei seu site, bem, foi assim que tive acesso aos comentário sobre a maçonaria. Os senhores a atacam, e são intolerantes com seu membros. E por que?
Eles não os atacam, bem pelo contrário nos somos tolerantes, sempre fomos assim, sempre exigimos dos membros a mais ampla tolerância, respeitamos as opiniões politicas e crenças religiosas de todos os homens, reconhecemos que toda religião e ideais políticos são igualmente respeitáveis. Mas não somos uma religião, é apenas uma associação (igual a dos senhores) uma associação que tem por objetivo unir os homens entre si. União reciproca, no sentido mais amplo e elevado do termo. E nesse seu esforço de união dos homens , admite em seu seio as pessoas de todos os credos religiosos sem nenhuma distinção.

Não somos uma religião, mas somos religiosos!!! Porque reconhecemos a existência de um Único principio criador, absoluto, supremos e infinito. Assim temos como principio a liberdade dos indivíduos e dos grupos humanos, a igualdade de direitos e obrigações, sem distinguir a religião, somos todos filhos do mesmo Criador. Nosso lema são Ciência: para esclarecer nosso espirito, Justiça: para equilibrar e enaltecer as relações humanas, e Trabalho: por meio do qual os homens se dignificam. Assim a Maçonaria trabalha para o melhoramento intelectual, moral e social da humanidade. Sempre com o objetivo de investigar a verdade, o exame da moral e da prática da virtude.

Para nós a MORAL é uma ciência com base no entendimento humano. E a Lei natural e universal que rege todos os seres racionais e livres. A demonstração científica da consciência. E essa maravilhosa ciência nos ensina os deveres e a razão do uso dos nossos direitos. Ao penetrar a moral no mais profundo de nossa alma sentimos a triunfo da verdade e da justiça.

Para nós a VIRTUDE é a força de fazer o bem em seu mais amplo sentido; é o cumprimento de nossos deveres para com a sociedade e para com a nossa família sem interesse pessoal. A virtude não retrocede nem ante ao sacrifício e nem mesmo ante a morte, quando se trata do cumprimento do dever.

Mas combatemos também, a ignorância, a superstição, a fanatismo, a intemperança, o vicio, a discórdia, a dominação dos mais fracos, etc.

E por que dizer que somos secretos, isso não é verdade, pela simples razão de que sua existência é amplamente conhecida, as autoridades de vários países lhe concedem personalidade jurídica. Os seus fins são amplamente difundidos em dicionários, enciclopédias, livros de história, etc.. Um exemplo disso tudo, e que os leitores do site Montfort deveriam saber são as obras da Maçonaria: “A Independência, a Abolição e a República”. Isso só para se citar os três maiores feitos de nossa história, em que os maçons tomaram parte ativa. E os grande maçons da história brasileira, quem foram? O senhor é professor de história, o senhor os conhece!
Foram eles: D. Pedro, José Bonifácio, Gonçalves Ledo, Luis Alves de Lima Silva (Duque de Caxias), Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto, Prudente de Marais, Campos Salles, Rodrigues Alves, Nilo Peçanha, Hermes da Fonseca, Wenceslau Braz, Washington Luiz, Rui Barbosa, etc., bem vou citar outros para que caso o senhor publique este e- mail (???), os leitores do seu site poderão também conhecer: Filósofos como Voltaire, Goethe e Lessing; Músicos como Beethoven, Haydn e Também Mozart; Militares como Frederico o Grande, Napoleão e Garibaldi; Poetas também como Byron, Lamartine e Hugo; Escritores como Castellar, Mazzini e Espling. E na América seus libertadores também foram maçons: Washington nos Estados Unidos, Miranda o Padre da Liberdade sul-americana; Sam Martis e O”Higgins, na Argentina; Bolivar no Norte da América do Sul; Benito Juares no Méxio; etc. Esses são até poucos exemplos, mas são exemplos que ser maçom não é ser “satânico”.

Quando nos encontramos, nessas ditas reuniões secretas, o ambiente fraterno nos propicia a concentrar nossa atenção a esforços para melhorar nosso caráter, vida espiritual, e desenvolver um sentido de responsabilidade, fazendo-nos meditar tranquilamente sobre a missão do homem na vida, recordando-nos constantemente dos valores eternos cujo cultivo nos possibilita acercar-se da verdade. E na verdade sempre buscamos a justiça social e a mais estreita solidariedade entre os homens. Assim o lema é Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Idêntico ao da Campanha da Fraternidade, Das Cebis, etc.

O segredo que antes era sustentado principalmente pelos fanáticos, que nada mais era na verdade o conhecer e reconhecer os maçônicos por sinais, não existe mais, não somos filhos das sombras, estamos a luz do dia, a fazer o bem social, e a má fé não ira mais nos caluniar.

Me despeço.

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Ilmo.sr.

Registro a recepção de sua mensagem de crítica nada tolerante a nosso site.
Recomendo-lhe que leia a encíclica Humanum Genus (http://www.montfort.org.br/documentos/humanum.html) de Leão XIII sobre a Maçonaria. Lá, o sr. encontrará a resposta às suas afirmações.
Informo-lhe outrossim que temos elaborado estudos sobre a igualdade, e que publicamos em nosso site.
Temos também feito muitos comentários a respeito da verdadeira e da falsa liberdade, baseando-nos no que sempre ensinou a Igreja, especialmente através dos Papas Pio IX, Leão XIII e São Pio X .

Quanto à Fraternidade, ela só existe admitindo-se que existe um só Deus, uno e trino, do qual nos tornamos filhos adotivos pelo batismo. Fraternidade dos homens sem filiação divina não existe.
A Revolução Francesa foi quem fez triunfar essa falsa trilogia, e, pregando a igualdade, colocou os católicos fora da lei e proibiu a Missa; pregando a Liberdade, fez a Lei dos Suspeitos, enquanto a Fraternidade inventou o Terror e a Guilhotina.
Tomo nota de sua informação – muito interessante – de que a trilogia da Revolução e de sua associação é adotada, hoje, por alguns católicos: “Assim o lema é Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Idêntico ao da Campanha da Fraternidade, Das Cebis, etc”.

Atenciosamente,
Orlando Fedeli.

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