Orlando Fedeli
Refutando Heresias Protestantes
- Localização: Itapetinga – BA,
Viva Cristo Rei! Viva a Virgem de Guadalupe!
Prezado Prof. Orlando Fedeli Queria responder a questão sobre Pedro, suscitada pelo sr. José Luiz (e que é repetido por tantos e tantos hereges protestantes), em um texto específico e mais detalhado. [Se surgir uma tal oportunidade, com a graça de Deus, eu o farei!]Todavia, não resisto em apresentar, desde já, algumas observações.
Pedro é a rocha a) A malfazeja alegação de que Jesus é a rocha (“petra”), em Mt 16, e que Simão seria apenas uma pedrinha (“petros”)- conforme estaria no grego – isso não procede, como bem explicou Karl Keating: <<“Todo esse argumento é falso…A diferença de significado existe apenas, no grego ático, mas o Novo Testamento foi escrito em grego Koiné, um dialeto totalmente diferente. E no grego koiné, tanto “petros” quanto “petra” significam “rocha”. Se Jesus quisesse chamar Simão de “pedrinha”, usaria o termo lithos… (para a admissão deste fato por um estudioso protestante, veja D. A. Carson, The exporsitors Bible Commmentary {Grand Rapids: Zondervan, 1984}, Frank E. Gaebelein, ed., 8:368)>> [http://www.veritatis.com.br/artigo.asp?pudib=677].
O ex-protestante, Dave Amstrong (no seu livro “50 New Testamen Proofs for Petrine Primacy and Papacy”, 1994)afirma algo semelhante: <<“No grego Koiné do NT as palavras petros e petra não possuem significados distintos…A palvra para designar “pedra pequena” é lithos. Por exemplo, em Mt 4,3, o demônio tenta o Senhor a operar um milagre transformando algumas pedras, lithos, em pães; em Jo 10,31, o judes apanham pedras, lithoi, para apedrejar Jesus”>> [http://www.geocites.com br/].
b)Todavia, nem se precisaria recorrer à crítica supra-citada, porquanto é fato que foi em aramaico -língua falada por Cristo – que ele deu um novo nome a Simão; chamando-o de “Cefás ou kepha”. Aliás, é como “Cefás” que Paulo sempre tratava, em suas missivas, a Pedro (cf. 1 Cor 1,12; 3,22; 9,5; 15,5; Gl 1,18; 2,9.11.14). Inclusive, S. João apóstolo assim registra em seu evangelho: “Fitando-o, disse-lhe Jesus: “Tu és Simão,o filho de João; chamar-te-ás Cefas”” (Jo 1,42).
<<“E o que significa Kepha? Uma pedra grande e maciça, o mesmo que petra”>> [http://www.veritatis.com.br/artigo.asp?pubid=677]. A palavra pedrinha em aramaico é outra … (se não me engano é “evna”).
Sobre o Celibato O sr. José Luiz cita passagens da epístola a S. Timóteo que fala que o aspirante ao episcopado deveria ser casado com uma única mulher. De cara, vemos que a principal e primeira condição é ser homem, porquanto em lugar nenhum da bíblia é legitimado o ministério de “bispas” ou “presbíteras” – e não é que têm “igrejas” heréticas que adotaram tal moda, professor.
Há,inclusive, aquelas que, sequer, possui tal ministério episcopal!
Pergunto-te, Professor, o sr. Luiz aproveitou o ensejo do debate para criticar também tais comunidades protestantes (que não tem episcopado ou que permitem mulheres em tal ministério)ou será que para ele só interessa aquilo que ele considera errado ou engano no Catolicismo? Se é assim, não seria isto ser tendencioso? E aonde ficaria a suposta unção do Espírito de Verdade que ele arroga para si (e para seus “camaradas” de heresias)? Quero crer que foi apenas esquecimento…
[Veio-me à mente, professor, o seguinte pensamento: “Será que a denominação do sr. José Luiz é daquelas que sequer tem “episcopado” (mesmo que para nós – e para Deus – seja ilegítimo tal ministério episcopal)? Já que ele diz seguir o que está na Bíblia – então, obrigatoriamente, teria que ter.] O fato, é que, o ideal para servir a Deus é ser solteiro; conforme afirma S. Paulo: “Quem não tem esposa, cuida das coisas do senhor e do modo de agradar ao Senhor. Quem tem esposa, cuida das coisas do mundo, e do modo de agradar à esposa, e fica divido” (1 Cor 7,32-33). Portanto, indiscutivelmente, o melhor é que bispo e presbítero não tenham esposas; pois, do contrário, dividir-se-iam no seu encargo religioso com as preocupações mundanas. [E se o indivíduo fica dividido; logo, há sim um pressuroso empecilho – já que o sr. José Luiz perguntou se havia. Pois, repito, existe sim,; embora tenhamos que reconhecer que não é um empecilho absoluto e, sim, relativo – porém, de todo jeito, ele existe.] O sr. José Luiz questiona se padre casar é pecado, dizendo ainda que a única possibilidade de exclusão do ministério seria se fosse pecado. Eu, porém, o questiono: a)Onde está, na Bíblia, que “a única condição que impediria de o homem exercer o ministério se estivesse em pecado”? b) Quantos varões com graves problemas mentais você conhece que foram aceitos nalguma denominação protestante, como bispo, presbítero ou pastor? Ou um homem em estado de coma receber um ministério pastoral evangélico?
[Portanto, mesmo sem pecado – em determinadas situações – há impedimentos de se assumir um ministério.] c) Se um homem ficar viúvo e depois contrair novas núpcias ele peca? Se não peca, nem está em pecado, por que então S.
Paulo declara que ele não aceitável como aspirante ao cargo de bispo ou presbítero – pois somente são aceitos os que são de um único casamento?
[Aqui também é outro impedimento, sem estar em estado pecaminoso!] OBS.: Mais comentários sobre o celibato seriam necessários; inclusive, tocando na questão dos sacerdotes católicos de ritos orientais e também nas disposições do “atual” Código de Direito Canônico que dizem respeito a entrada para o sacerdócio ministerial de ex-pastores protestantes (casados) convertidos.
PS.: No início de sua carta, o coitado do Sr. José Luiz também cita a passagem elogiosa de Cristo aos “pequeninos” e que colocaria os “sábios”
numa condição de preteridos. E depois ainda menciona a crítica a Nicodemos que era doutor da Lei. Tudo para dar a impressão de que as teses malfazejas do protestantismo (tipo: a cada um bastaria a Bíblia e a assistência direta do Espírito Santo, e não ter que se submeter às pessoas “sábias” e “doutas”
que têm uma faculdade e autoridade maior – as quais, por conseguinte, seriam-lhes superiores).
Só que desavisadamente, ele se esqueceu (ou ignorava)que – como dizem – há sábios e a há sábios; explico: há sábios segundo o mundo e há sábios segundo Deus. Os hereges são sábios segundo o mundo e não segundo Deus. Já os doutos da Igreja do Senhor (que é a Igreja Católica), estes, são sábios não aos olhos do mundo; e sim, aos olhos do Altíssimo… Mas até nesta questão, de ser sábio consoante esta ou aquela perspectiva, o herege José Luiz meteu os pés pelas mãos.
Fiquem cientes (vós hereges todos): Assim como na Antiga Aliança havia uma Lei, na Nova Aliança também há: é a “Lei de Cristo” (Gl 6,2). Assim, como lá, no Antigo Testamento, existiam doutores e mestres daquela lei; na Nova Aliança também há os seus mestres e doutores: “Ele é que “concedeu” a uns ser apóstolos, a outros profetas… a outros pastores e mestres” (Ef 4,11); “Aqueles que Deus estabeleceu na Igreja são… em terceiro lugar, os doutores” (1 Cor 12,28)… Ou será que, também, esse mais básico ensino da Escritura Sagrada, o tal do “evangélico” José Luiz desconhece? (Ou seria melhor chamá-lo de “errangélico”; pois nunca vi uma “pessoinha” errar tanto em doutrina bíblicas! [Fica claro que Nicodemos errara enquanto doutor da Lei Mosaica, viu seu José!… Seria muito bom o senhor tomar tino e dar ouvidos aos doutores da Santa Igreja Católica, que são os doutores da nova e divina aliança.] Disse Nosso Senhor Jesus Cristo: “Serpentes! Raça de víboras! Como haveis de escapara do julgamento da geena? Por isso vos envio profetas, sábios e escribas” (Mt 23,34). E, nem assim, acolherão os “sábios” (Mt 23,34) que ele enviar: que são os doutos da Igreja Católica Apostólica Romana… mas também, tem gente que se diz seguidor de Jesus Cristo e que não sabe distinguir que há tipos diferentes de sábios, e que quer dar a entender que o Divino Mestre seria oposto a todos os “doutores”, “sábios” e “mestres” – salientando que os queridinhos de Deus seriam os pequeninos (só que pequeninos, aqui, significando indoutos)… E o pior ainda é quando a a contradição começa a grassar: principalmente ao se verificar que, numa carta anterior, cita-se que “Bem-aventurado é o que medita, dia e noite, a Lei do Senhor” (uo seja, os estudiosos) e na seguinte o bom seria ser pequenino (no sentido de não-culto)… Vê se pode uma coisa dessas!
Os “pequeninos” que Cristo falou, portanto, só podem ser aqueles que são dóceis e obedientes as autoridades constituídas por Deus: “Obedecei aos vossos dirigentes, e sede-lhe dóceis; porque velam pessoalmente sobre vossas almas” (Hb 13,17), [São os que se colocam como “filhinhos” (1 Jo 2,1) submissos perante os chefes da Igreja do Altíssimo, rejeitando todo espírito de rebelião e divisão – e não espiritualmente como crianças mal-educadas e birrentas, a exemplo dos hereges protestantes.] Reconhecendo, inclusive, a superioridades daqueles que, verdadeiramente, “são superiores e guias no Senhor” (1 Ts 5,12)… [“DIRIGENTE”, “SUPERIORES” e “GUIAS” – palavras, como estas, presentes na Bíblia Sagrada, devem incomodar e trazer muito furor aos filhos das trevas, que tanto odeiam serem submissos.] E tendes razão, caro Prof. Fedeli, em fazer notar que cada protestante (quiçá com alguma exceção)se acha, ao menos na prática, um papa – isso só prova o quão agigantados em orgulho e arrogância são esses que se abandonaram a Casa de Deus, ou se recusam nela adentrarem. De pequeno, ele só têm a Fé e o conhecimento das Escrituras – nessas coisas, sim, eles são pequeníssimos, mesmo, microscópicos.
Também te parabenizo por rechaçar o herege citando S. Paulo que, com dureza, ensinou-nos a repelir os inimigos de Deus e da Igreja; combatendo-os.
Que Deus, pela intercessão de Nossa Senhora, converta-os todos à Fé Católica!
Bibliografia – BÍBLIA DE JERUSALÉM, Editora Paulus, SP, 1996.
– http://www.geocites.com/
– http://www.veritatis.com.br/artigo.asp?pubid=677;
Paz e bem!
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Muito prezado, salve Maria !
Muito obrigado por sua sempre eficiente colaboração na refutação dos hereges com sabedoria, conhecimento e lógica, como você o faz.
Publicaremos com prazer e alegria sua carta no site Montfort*. Que Deus o mantenha sempre assim, pronto a defender a única Fé verdadeira que é a da santa Igreja Católica Apostólica Romana.
Deus o recompense por isso.
In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli
*O professor Orlando Fedeli foi presidente da Associação cultural Montfort de 1983 a 2010.