288- A TV Forma Um Povo Anti-Religioso?

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Orlando Fedeli

A TV Forma Um Povo Anti-Religioso? 

 

  • Localização: Barueri – SP – Brasil
  • Religião: Católica

 

Caro Orlando, Salve Maria!

Em primeiro lugar gostaria de parabeniza-lo pelo trabalho que se realiza através da Montfort. Sou Católico Apostólico Romano, membro da secretaria Moisés da RCC. Apesar de certas discordancias que ocorrem em nossa maneira de professar a fé católica, espero que isso não impeça que tratemos de outro assunto muito importante: os prgramas de tv, principalmente para crianças.

Acredito que você irá concordar comigo que de alguns anos para cá, a formação infantil mudou muito. Até certo tempo atrás as crianças tinham seu divertimento mais voltado as brincadeiras em turma, hoje sendo substituida por programas de tv. Vemos muitas e muitas febres se espalhando a cada mês. isso se refere principalmente aos desenhos japoneses, como por exemplo Saint Seiya. Em tal desenho os personagens são santos garotos que vestem armaduras baseadas na mitologia grega, e enfrentam outros “santos”. Porém em certo especial da série tais guerreiros enfrentam o próprio Lúcifer, que vem com seus subrodinados, como Erigor de Mantis, e Belzebu de Garuda. Em uma das últimas cena do movie, vemos a reencarnação da deusa Atena subindo as escadarias do Pandemonium, sendo dufocada e ferida com espinhos, oferecendo sua própria vida em sacrificio para salvar a humanidade. Isso não seria apologia a mitologia em detrimento ao verdadeiro cristianismo? Ou pior ainda, não seria um sacrilégio?

Vemos também diversos outros desenhos, como Evangelion. O título já nos diz, na animação os inimigos da humanidade são anjos, que enviados por “Deus” tem por objetivo dizimar toda a humanidade, fora que todas essas entidades possuem aparencias extremamente grotescas.

E o que dizer de coisas como Hellsing, onde mostram uma guerra travada entre a Sociedade Inglesa dos Cavaleiros Protestantes contra o Vaticano. Do lado protestante temos um vampiro paranóico, do lado do Vaticano temos um padre “caçador de hereges” que pode regenerar seu próprio corpo, e durante todos os episódios vemos vampiros com crucifixos e outros objetos religiosos.

Isso sem falar dos filmes atuais, coisas com “O Corpo”, no qual supostamente acham o corpo de Cristo, “Stigamata”, onde uma cética recebe os estigmas de Cristo, além de deteriorar a imagem da Igreja, se utilizando para isso o Evangelho de Tomé, o Gêmeo, enfim a lista é longa.

Gostaria de saber a sua opinião sobre tal tema.

Fiquem com Deus,

———-

Muito prezado, salve Maria!

Muita alegria me causaram suas palavras, pois que, apesar de discordarmos em alguns pontos, isso não o impediu de reconhecer, muito lealmente, o bem que faz o site Montfort. Que Deus recompense por sua honestidade e lealdade.

Vejo que você não só tem Fé, mas que compreende perfeitamente o mal que faz a TV, difundindo o paganismo, a Gnose e o satanismo, entre as crianças boquiabertas diante desse baal moderno e eletrônico que é a televisão, essa prostituta eletrônica introduzida em todos os lares, infelizmente.

Não conheço os filmes que você me descreve, porque não tenho TV, e nunca assisto essas loucuras e tolices. Mas pelo que você me conta, quanta razão tem você em condenar esses filmes corruptores da infância e difusores da violência. Depois se espera reeducar os jovens adolescentes na FEBEM, fazendo-os assistir televisão. A Febem parece um curso de pós-graduação — rousseauniano — na violência e no crime, porque lá, os criminosos são “aperfeiçoados” no que faziam.

A impunidade é causa da difusão dos crimes. Diz a Sagrada Escritura:

Com o castigo do escandaloso ficará mais sábio o inexperiente” (Prov.XXI, 11).

E pior do que difundir a violência e a corrupção dos costumes nas telenovelas e nos filmes, a TV corrompe a Fé, ensinando as crianças a acreditar em fábulas demoníacas. E depois, se vem elogiar a TV pela “conservação dos valores da família brasileira”… como disse recentemente uma alta autoridade eclesiástica.

In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli.

*O professor Orlando Fedeli foi presidente da Associação Cultural Montfort de 1983 a 2010.

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