Orlando Fedeli
A Dura Defesa da Fé
- Localização: São Paulo – SP – Brasil
- Escolaridade: Superior concluído
- Profissão: Professor
- Religião: Católica
Caro sr. Orlando,
Em primeiro lugar, elogio as nobres intenções do senhor, bem como as de todos os seus colaboradores que vêem em sua Fé “a pérola preciosa” que nos foi concedida e que tratamos de defendê-la a todo o custo. Parabéns! Não conhecia o trabalho da Monfort* até encontrar por acaso o webite há uma semana. Desde então tenho lido com muito interesse muitos dos artigos publicados. Ressalto desde já que não faço parte de nenhum movimento da Igreja e falo apenas na condição de fiel católico, uma ovelha no redil de Cristo.
No entanto, gostaria de perguntar ao senhor se este posicionamento “sempre ao ataque” antes de ajudar os demais a regressar (ou encontrar) a Fé, não acaba tendo o efeito contrário, espantando aqueles que com interesse e boas disposições tentam buscar informações sãs a respeito da Santa Igreja Católica?
Ou seja, ainda que não possamos em nenhuma vírgula distorcer ou amolecer o firme depósito doutrinal da Igreja, quer seja agradável e fácil quer não (e isso afirmo e defendo com todas as letras), tem-se a impressão de que muitas das respostas às cartas dadas pelo senhor são como uma batalha negativa, um estar cercado por inimigos que a qualquer momento podem avançar e destruir seu território.
Quando na realidade, deveríamos encher-nos de orgulho e tranquilidade ao saborear as palavras “eis que Eu estarei convosco, todos os dias, até o fim dos tempos” ou “no mundo haveis de ter aflições, mas tende confiança Eu venci o mundo”. Não, o nosso território, o patrimônio da Fé, não será destruído, pois “se Deus está conosco, quem será contra nós?”. Devemos ter um espírito de superioridade, mas sem esquecer da caridade cristã que nos leva a AJUDAR aos demais e a corrijir seus erros. Nunca a jogar-lhe na cara seus erros, acusando-o publicamente de herege, sem dar o apoio necessário. Como diz o Evangelho, devemos a sós corrijir o nosso irmão e depois, caso seja necessário, recorrer à Santa Igreja, pois esta sim tem a autoridade de Pedro e a graça do Espírito Santo para guiar-nos a todos até Ele.
E da mesma maneira, críticas aos movimentos da Igreja, que contam com o apoio ainda que oral do Magistério e de Sua Santidade, dão uma estranha sensação de desunião no seio da Una e Santa Igreja. Sim, há desvios e erros porque a Santa Igreja é formada pelo povo pecador que somos nós, e devemos sim corrijir os erros, mas acho que a pedagogia, a cortesia e a finesse são grandes instrumentos que o próprio Cristo utilizou e que são essenciais para a propagação e defesa da nossa Fé.
Repare que não faço isso por querer criticá-lo, pois “todo Reino dividido contra si não resiste”, mas antes queria fazer uma sugestão para, unidos “in Corde Iesu” hastearmos a bandeira da Fé pelos 4 pontos cardeais.
Unidos em Cristo e à Nossa Senhora, despeço-me cordialmente e desejo um futuro amplo e belo neste caminhar pela estrada da vida até o nosso destino final, até a Felicidade!
Professor de Ensino Médio
São Paulo-SP
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Salve Maria.
Em São Lucas se conta que, um dia de sábado, quando Jesus foi a uma Sinagoga, encontrou e curou uma mulher encurvada e possessa pelo demônio, expulsando dela o diabo que a atormentava há 18 anos. Então, o Príncipe da Sinagoga achou ruim essa cura feita em dia de sábado e disse que os doentes tinham seis dias da semana para irem à sinagoga buscando cura e que não deveriam vir no sábado. Ao que Nosso Senhor, humilde e manso de Coração, retrucou com violência; “Hipócritas” (Cfr São Lucas, XII, 15).
E esse ”Ái de vós” significa: “Malditos vós também, doutores da lei”.
Orlando Fedeli
*O professor Orlando Fedeli foi presidente da Associação Cultural Montfort de 1983 a 2010