869- Parte 3 -Kiko Repete a Doutrina Modernista de Fé que Destrói a Caridade

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Orlando Fedeli

Kiko Repete a Doutrina Modernista de Fé que Destrói a Caridade – Parte 3

 

  • Localização: Brasil

Completa Ausência de Caridade no Neocatecumenato

Como vimos, não pode haver caridade sem Fé.

É impossível amar o que não se conhece. Não conhecendo a Deus tal como Ele se nos revelou — recusando a verdade que Deus revelou sobre Si mesmo — fica impossível, a quem não tem Fé, ter verdadeiro amor a Deus e ao próximo.

Por isso, é em vão que o herege, negando os dogmas, para compensar e manter seu prestígio religioso, insiste no amor. Amor que ele entende normalmente como sentimento. Ele fala em caridade, que ele entende somente como o desejo de fazer o bem puramente material, confundindo caridade com filantropia.

O Neocatecumenato, recusando a Fé, não pode ter verdadeira caridade, que consiste em amar Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, por amor de Deus.

Como poderia amar Deus sobre todas as coisas aquele que recusa a verdade que Deus revelou? Aquele que chama Deus de mentiroso? Aquele que coloca a sua opinião, o seu modo de ver acima da Revelação feita por Deus e ensinada pela Igreja?

Assim, a falta de caridade é manifestada no herege em seu desprezo pela misericórdia de Deus, no desprezo do Amor de Deus.

Quem tem o coração seco para a verdade, só pode odiar a fonte da misericórdia, nos lembra São Gregório Magno, ao comentar o ódio dos fariseus á misericórdia do Coração de Jesus para com os pecadores que encontrava.

Por isso, a falta de amor dos hereges normalmente se manifesta:

1 – No desprezo, falta de amor e de respeito pela Eucaristia, o sacramento que exige mais Fé, e que mais manifesta o amor de Deus e sua misericórdia para conosco;

2 — Pelo desprezo ao Coração de Jesus;

3 – Pelo desprezo pelas autoridades eclesiásticas, especialmente pelo ódio e desprezo ao Papado.

1 — Desprezo do Neocatecumenato pela Hóstia consagrada.

Já tratamos desta questão, quando respondemos à Sra. Margarida Hulschof, que tentara defender os erros de Kiko e do Neocatecumenato. Cito-lhe os trechos de minha resposta a ela, relativamente ao desrespeito, e mesmo das profanações da Hóstia praticadas pelos membros do Neocatecumenato, provocados pelas doutrinas de Kiko e Carmem:

2ª Acusação de Padre Zoffoli:

Kiko despreza as “migalhas do pão consagrado, indicativo da negação da presença real de Cristo mesmo nas partículas da hóstia”.

A Sra. Hulschof cita a acusação de Padre Zoffoli, dizendo:

“Há também a questão das “migalhas”, à qual Zoffoli não deu destaque na presente obra, mas que já mencionou em outras, dizendo que, nas Eucaristias do Caminho, as pessoas dançam pisando nas migalhas do pão Eucarístico caídas no chão”.

Logo em seguida, ela confirma que a acusação é verdadeira:

“É verdade que nós dançamos após a celebração, porque a Eucaristia é uma festa. E, se houver no chão migalhas, é possível que, sem querer, pisemos em cima delas. Mas é tomado todo o cuidado possível no sentido de evitar que caiam migalhas no chão.”

Portanto, os Neo Catecumenais dançam, e possivelmente pisam sobre as migalhas do pão consagrado. Mas, explica-nos Dona Margarida, que eles fazem isso, sem querer. Não o fazem de propósito. Tomam até cuidado para que as migalhas consagradas não caiam ao chão. Mas, se caírem, que fazer? Não se deixará de dançar. Dançarão, pisando nelas.

Simples, não?

E Dona Margarida Hulschof reconhece esse horror com a maior frieza do mundo, como se estivesse declarando que tomou um copo d’água.

Simplesmente escandalosas são as palavras da Sra. Hulschof, e sacrílegas e profanadoras são essas danças dos Neo Catecumenais, promovidas pelas doutrinas de Kiko.

E a Sra. Hulschof até reconhece que, antigamente, na Igreja, se tomava mais cuidado com as hóstias consagradas, tendo o Vaticano II acabado com esses cuidados:

“Se ainda assim isso acontecer, o risco é pelo menos igual ao das Missas tradicionais. Antigamente o cuidado era maior, com a comunhão sobre uma balaustrada, dada diretamente na boca e ainda com a patena colocada por baixo. Se a Igreja quis abolir tudo isso, implantar a comunhão nas mãos e ainda autorizar a distribuição da comunhão por ministros extraordinários, que a levam aos doentes nas casas e às celebrações do culto eucarístico em comunidades rurais, suponho que seja por haver compreendido que Deus faz mais questão de estar presente no coração das pessoas do que estar cercado de respeito e cuidado, mas distante e inacessível. As mudanças pastorais do Concílio Vaticano II foram uma tentativa de resgatar os valores originais e a forma original de fé vivida pelas primeiras comunidades cristãs, que tinham Cristo como presença real e concreta em suas vidas, alguém familiar e não distante, como a idéia de Deus que se foi criando com o tempo, respeitosa mas desvinculada da vida. Também o Caminho Neocatecumenal caminha exatamente na direção desse resgate da força e da pureza original da fé das primeiras comunidades, desejando limpá-la dos desvios e acessórios que se foram instalando com o tempo. Como no Caminho as comunidades são pequenas e restritas, esse “resgate” pode ser feito de uma forma mais profunda, o que acaba “chocando” a nossa mentalidade geralmente refratária a mudanças (principalmente na Europa).(“Comentário”, p. 13 ).

Tu o disseste…”

Até aqui, o texto de minha carta a Dona Margarida Hulschof.

Então meu caro, é assim que o Neocatecumenato “vive o Amor”: pisando e dançando nas partículas das hóstias consagradas.

E um sacerdote que saiu do Neocatecumenato contou, em carta , que um dos motivos de sua saída desse movimento foi o fato de ver como os padres e os membros do Neocatecumenato tratavam as hóstias consagradas. E que, tendo interpelado, porque agiam assim, obteve como resposta que Kiko lhes ensinara uma fórmula que desconsagrava as hóstias.

2 — Desprezo de Kiko pelo Coração de Jesus

Os hereges sempre manifestaram ódio e desprezo pela Santíssima Humanidade de Cristo.

Os jansenistas, pais espirituais dos modernistas, desprezavam sobremaneira a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, símbolo da misericórdia e do amor infinitos de Cristo para conosco.

O Bispo jansenista Scipione Ricci, que convocou o Sínodo de Pistoia, no século XVIII – sínodo cujas decisões foram condenadas pelo Papa Pio VI – se fez retratar rasgando uma imagem impressa do Sagrado Coração de Jesus.

Os jansenistas eram frios e secos em suas heresias. É natural que odiassem o Amor misericordioso. E contudo, Pascal, um de seus mestres, é o autor de uma bem conhecida e romântica frase: “O coração tem razões que a própria razão desconhece”.

Frase que demonstra que Pascal – outro pai dos modernistas — colocava, ele também, como Kiko, o sentimento acima da razão.

Nas famigeradas Apostilas de Kiko se acham frases que eqüivalem à blasfêmia de Scipione Ricci, o Bispo jansenista de Pistoia.

Vejamos o que escreve Kiko sobre as imagens do Sagrado Coração de Jesus e sobre a devoção a ele:

“Vivemos muito alienados, tranqüilos na nossa vida mesquinha e sem sentido. Chamar à conversão o homem é chamá-lo à sua realidade profunda. Por isso, atenção com certos conceitos de Deus bonzinho, que é todo misericordioso… Porque a vida é muito mais séria. Venham comigo vocês que têm certos conceitos de um Deus tipo Sagrado Coração de Jesus, com a mãozinha assim e o rosto bem pintadinho, todo de açúcar e mel, bem suave e terno… vamos aos barracos — [às favelas de Madri] — ver uma mulher, cujo marido bebe e lhe bate todas as noites, que tem um filho na prisão e outro meio louco, uma mulher que se levanta todos os dias às 5 horas da manhã para ir fazer limpeza nas casas e não tem nada para comer. Vamos perguntar a essa mulher sobre aquele Jesus tão suave… Vamos ver as prostitutas, as detidas pela polícia, os drogados; vamos ver a guerra do Vietnam, os cadáveres em putrefação; vamos ver um pouco aquele Deus todo suave que tem aquela vidinha tão regular, tão boa e querida! Não! A vida é muito mais séria do que isso tudo e não se pode fazer dela uma caricatura . Aquele Deus de papel não existe. O Deus da Bíblia não é assim” (Kiko Arguelo, Apostila cit. 6º Dia. Quem sou Eu? , p. 88. O sublinhado é meu).

Então, meu caro?

Será que é isso que você considera “viver o amor”?

Tenho certeza que não. Tenho certeza que agora você me dará razão por atacar essa seita modernista que é o Neocatecumenato.

Alguém dirá que Kiko criticou um estilo de arte sentimental e romântico que expressa mal a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, e não atacou propriamente essa devoção.

Ledo e muito ingênuo engano.

Repare que Kiko pede que se tenha atenção com conceitos e não contra o estilo em que se expressam esses conceitos.

Pois diz Kiko: “Por isso, atenção com certos conceitos de Deus bonzinho, que é todo misericordioso…”.

Portanto, Kiko previne contra o conceito de um Deus todo misericordioso, expresso na devoção ao Sagrado Coração de Jesus.

Ele critica o estilo sentimental de certas imagens do Sagrado Coração de Jesus, mas visando atingir o conceito de um Deus todo misericordioso.

Dir-se-á ingenuamente — repetimos — que Kiko quis condenar uma concepção romântica de Cristo e uma devoção sentimental. Que ele foi contra a romantização de uma devoção, e não contra a devoção ao Sagrado Coração em si.

Se fosse assim, ele deveria ter deixado isso bem claro, porque quanto mais um tema é delicado, mais claras devem ser deixadas as distinções.

Num tema tão sagrado quanto a devoção ao Coração misericordiosíssimo de Cristo, Kiko deveria ter deixado patente que ele distinguia a devoção revelada pelo próprio Cristo a Santa Margarida Maria Alacocque, das representações de alguma imagem romântica.

Ele distinguiu o contrário: pediu que se tomasse cuidado com o “conceito de um Deus bonzinho, que é todo misericordioso”.

Pretender desculpar Kiko dizendo que ele critica um certo tipo de arte sentimental e não o conceito a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, seria a mesma coisa que dizer que o jansenista Scipione Ricci, rasgando a Imagem do Sagrado Coração de Jesus, queria demonstrar apenas seu desprezo estético a uma tela, e não um posicionamento teológico.

Na realidade, aproveitando essas desculpas, sem nenhum respeito pela imagem de Cristo, ele blasfemou contra o próprio Coração de Jesus:

Agora lhe deve estar bem claro porque as Apostilas de Kiko devem ser mantidas secretas. Agora deve lhe ficar claro o que Dona Margarida Hulschof escreveu ao pretender defender Kiko e o Caminho Neocatecumenal:

“Kiko repete sempre que nem tudo o que ele está dizendo é para ser repassado às pessoas, ao menos não tudo de uma vez.” (Margarida Hulschof, “Comentário”, p. 18).

Nem tudo, Kiko diz de uma vez. Ele ataca a figura sentimental de um santinho do Sagrado Coração para atingir o conceito dessa devoção:

“Venham comigo vocês que têm certos conceitos de um Deus tipo Sagrado Coração de Jesus, com a mãozinha assim e o rosto bem pintadinho, todo de açúcar e mel, bem suave e terno…”

Onde ficou o respeito por Nosso Senhor? Na boca de Kiko a blasfêmia é tanto mais repulsiva quanto mais ele quer se fazer passar por fiel.

Como pode amar os homens quem tem tal desprezo pelo conceito do Coração misericordioso de Cristo? Todo o amor que ele proclama pelas prostitutas, pelos pobres, pelos drogados, é pura simulação, porque quem não ama a Deus, não pode amar realmente a seus irmãos.

E não pense, meu caro, que Kiko disse essas frases escandalosas uma só vez, por um lapso. Ele voltará à carga.

“Temos grande ignorância das Escrituras, e, por isso, temos as nossas idéias de um Jesus melado, com a barbinha e as sobrancelhas depiladas, com a mão assim e o olhar assado…(como certas imagens do Sagrado Coração). Pensamos que Jesus fosse todo doçura, e não sabemos que Jesus disse: “canalhas ! Raça de víboras !” E disse a Herodes: “essa raposa…”Jesus se zangou também. Mas, como temos esta imagem de Deus dos santinhos, não podemos comprender o Deus da bíblia, que é um Deus potente e firme”. (Kiko , Apostila cit. p. 108. O sublinhado é meu).

Mais uma vez, aproveitando o estilo sentimental de certos santinhos, Kiko atacou, de fato, a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Ele faz uma crítica à arte sentimental, sem distinguir que o conceito, mal expresso nessa arte, deve ser preservado. E como ele prevenira contra esse conceito de um Deus todo misericordioso, o que ele ataca, então, de fato, é a própria devoção ao Sagrado Coração de Jesus.

Por sua vez, provando que o desprezo da devoção a Cristo é característico do Neocatecumenato, Carmem dirá, ela também, que Cristo não é nosso modelo.

“Jesus Cristo não é qualquer coisa de ideal que nós possamos realizar, não é um modelo.” (Carmem, Apostila, cit, p. 123 VI)

Está claro, meu prezado, que o Neocatecumenato contraria o Evangelho, pois nele Cristo Senhor nos disse:

“Vós me chamais de Senhor e Mestre, e Eu o sou. Dei-vos o exemplo para que façais o mesmo” ( )”Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração”( ). citações

Para Carmem, nada disso vale. Para ela, para os iniciados do Neocatecumenato, Cristo não é modelo .

Para nós, católicos, Cristo é o único e verdadeiro modelo.

Para a mestra de heresias do Neocatecumenato, Cristo nem foi a pessoa que mais sofreu:

“Nós temos feito de Jesus um homem bom — (???) —, que sofreu…Mas não é este o problema, pois existem muitos homens que sofreram muito mais do que Jesus Cristo. Hoje, nos hospitais, na guerra, nos campos de concentração, etc. existem homens que sofrem e que sofreram mais do que Jesus Cristo” (Carmem, Apostila cit. p. 123 V).

Fica-se estarrecido diante de tanta tolice e de tanta incompreensão blasfema. E não se sabe o que é maior nessas frases, se a tolice ou a blasfêmia.

Ambas — tolice e blasfêmia — são efeitos dos erros contra a fé dessa mulher pretensiosa que se arroga a missão de dissipar as trevas em que a Teologia escondeu o Sol da Verdade.

Está claro, meu caro, que o Neocatecumenato mantém ocultas as suas apostilas para poder continuar enganando os católicos ingênuos?

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