Data: 06-Ago-2018
De: Vanessa
Cidade: –
Assunto: Como tratar os protestantes?
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Algo que muito tira minha paz sao os protestantes nao consigo entender aceitar ou ver como irmãos, sinto um certo desprezo quando alguem diz eu sou”evangelico” eu sei que deveria amar ao proximo e sei q sou ignorante e nem conheço direito o protestantismo.Qual atitude eu devo ter diante disso?
E o que eu faço pra me defender deles pra saber responder pra defender a minha fé?
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Resposta
Prezada Vanessa, salve Maria!
A todos, devemos tratar com a caridade, que é o amor à Deus, medido pelo amor ao próximo, conforme o primeiro mandamento.
Porém, antes de tudo, é necessário conhecer que a caridade – palavra tão mal usada hoje – é manifestada pelas chamadas obras de misericórdia, pois “obras son amores”, como diz Santa Teresa d´Ávila. Das quatorze obras de misericórdia, sete são materiais e sete são espirituais. Das sete espirituais, as três primeiras são:
1) Ensinar os ignorantes;
2) Dar bom conselho;
3) Corrigir os que erram;
Assim sendo, devemos tratar com esta caridade, de acordo com a condição do próximo. Não hesitemos, então, em corrigir os protestantes, sempre que nos for possível e de acordo com nossa capacidade. Para isto, temos que levar em conta que uma considerável parte dos protestantes com que nos deparamos diariamente erram por ignorância vencível, ou seja, até o momento, ninguém os ensinou a verdadeira religião de Cristo, pois faltam pastores, ou ainda, falta a disposição e a caridade para ensinar e corrigi-los, e, à procura pela verdade, se deparam com falsos pastores pelas ruas e igrejolas, prontos a recebê-los e, assim, aumentar o seu faturamento diário. Muitos se convertem à religião católica quando encontram as interpretações corretas e correspondem à graça recebida. Mas para isso, Deus precisa – porque assim o quer – da nossa colaboração para ser defendido e difundido.
Outros são protestantes empedernidos, tomados de orgulho, e estes ocorrem aos montes, especialmente girando em duplas, destilando um veneno sutil com uma conversa serpentinamente mole e enjoativamente doce, pregando um deus Pai excessivamente distante e rigoroso, ou um Jesus Cristo puramente humano e carismático como um apresentador de programa de auditório, inspirados por um Espirito Santo particular, que atende à domicílio e a qualquer hora. Este espírito está na raiz do protestantismo. O protestante nasceu do orgulho, de uma soberba única, disposto a criar e desenvolver uma doutrina própria, contanto que não seja a Católica.
Portanto, devemos tratar os protestantes como hereges que muito ofendem a Deus, por se dizerem tão próximos a Ele, por fazerem um mal enorme, por afastarem as pessoas de boa vontade da verdadeira religião, por roubarem fiéis com doutrinas e remédios espirituais falsos e irracionais. De irmãos, eles não têm nada. Lembre-se que o primeiro irmão da humanidade foi homicida.
Como cada “caso é um caso”, devemos partir do princípio de que nos deparamos com um herege falsário, que quer roubar almas de Deus. Se este coitado tem alguma boa vontade, ignorância, mostra abertura aos argumentos lógicos e quer sinceramente resolver um problema espiritual de fé e adesão à verdade, a este devemos dar um remédio corretivo com doçura e paciência, que arde como álcool, esterilizando a infecção pelo erro, que é a argumentação fartamente existente nos cursos de verdadeira apologética e defesa católica. Em seguida, oferecer o óleo que proteje a ferida e permite a cicatrização e isola de novas infecções, que é a doutrina verdadeira e nossas orações, que curam o enfermo.
Quando o opositor reage com dureza de coração e mostra-se intransigente, a estes cabe muito bem a santa violência dos argumentos, mostrando a força e peso da doutrina católica e deixando claro que a sua alma e de seus asseclas está em grave perigo de perdição, que não são verdadeiros cristãos, mas verdadeiros inimigos. Lembre-se de que o diabo tentou Cristo usando as Sagradas Escrituras. Se ainda assim, não houver efeito, devemos bater o pó das sandálias e deixá-los aos seus erros, rezando por eles sempre que for possível, para que Deus lhes amoleça o coração.
Destes modos, a caridade será sempre exercida, mesmo que desamparada por nossas misérias, pois nossos são os argumentos, mas Deus é que viabiliza a conversão e opera nos corações.
Como vê, além das sempre obrigatórias orações, é necessário o estudo. Não há como ser verdadeiro católico sem estar pronto ao combate na medida do comprimento de nossa espada. Devemos afiá-la nos estudos de apologética, conhecendo os argumentos recorrentes dos protestantes e as respostas, seja com base nas Sagradas Escrituras, seja pela lógica, seja pela história. Não é difícil encontrá-las nos livros ou na internet. O professor Orlando Fedeli tratou de quase todas estas questões. A argumentação protestante, seja da seita que for, é bastante repetitiva e facilmente respondida. Mas, muitas vezes, não devemos ter escrúpulos em bater-lhes a porta à face, quando são movidos por atrevimento e petulância, convencidos de que fazem bem em andar pelas ruas de bílbia na mão. Não podemos, sobretudo, deixar de começar pelo conhecimento agudo do catecismo, que tanto falta aos católicos de hoje. Para isto, recomendo o catecismo romano e o de S. Pio X.
Quanto às respostas católicas às acusações protestantes, se quiser, podemos lhe ajudar ponto a ponto, de acordo com sua necessidade particular. Escreva-nos sempre que quiser.
No Coração de Maria Santíssima,
Fábio Vanini