336- Processo de Canonização dos Santos

Data

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no email
Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no email
Compartilhar no whatsapp
image_pdfConverter em PDFimage_printPreparar para impressão

Orlando Fedeli

Processo de Canonização dos Santos 

 

  • Localização: Recife – PE – Brasil

 

 

Prezado Orlando (que Deus lhe abençoe por seu esforço em defender o Seu nome e a verdadeira Igreja)

Gostaria de saber como surgiu a tradição da Igreja de canonizar as pessoas que realizaram milagres comprovados em inquérito, e; É a fé em Jesus Cristo que santifica o homem ou são os milagres que ele realiza?

 

 

———-

 

 

Prezado, salve Maria!

Inicialmente, os cristãos veneravam os mártires que morriam na arena.

Eles eram sepultados nas catacumbas de Roma, e cultuados como santos por sua morte heróica, testemunhando a divindade de Cristo. Suas relíquias realizavam inúmeros milagres. Daí, sua proclamação como santos.

Este costume continuou por muitos séculos.

Depois, pelo século XI, para evitar abusos, a Igreja começou a instituir um processo a fim de examinar a vida e os escritos (a doutrina) daqueles que a opinião geral chamava de santos. Começou assim o chamado Processo de Canonização, que se tornou um instrumento jurídico dos mais perfeitos jamais realizados.

O Processo de Canonização começava pelo chamado processo de NÃO-CULTO.

Por esse processo, primeiro verificava-se se o candidato à canonização como santo fora cultado sem licença da Igreja. Isso era muito importante, porque impedia que interesses familiares ou de grupos, por meio de propaganda , impingissem à Igreja um pseudo santo.

Isso não é tão incomum, mesmo em nossos dias. Por exemplo, é o que a tfp e os chamados Arautos fizeram e fazem com o culto a Plínio Corrêa de Oliveira e à mãe dele.

A seguir, o processo, numa segunda fase, examinava os escritos e palavras da pessoa que se pretendia canonizar. Havendo qualquer coisa contra a Fé, o processo era encerrado. Foi o que aconteceu com o processo da pseudo vidente Anna Katharina Emmerick e com Maria de Ágreda, cujos relatos contém inúmeros erros e heresias.

Depois, havia o processo sobre as virtudes, no qual se examinavam os dez últimos anos de vida do candidato a santo. Tendo havido um só pecado mortal nesse período de vida, o processo era encerrado negativamente.

Finalmente, eram necessários milagres alcançados através do candidato a ser canonizado. Esses milagres deveriam ter sido realizados após a morte do santo, para provar que ele estava realmente unido a Deus. Milagres realizados durante a sua vida não valeriam para a canonização, pois que o dom dos milagres poderia ser apenas um carisma, e não fruto da união com Deus..

Atualmente, todo esse processo rigoroso foi abolido, e substituído por uma biografia positiva do candidato a santo. Não se examinam senão os escritos impressos do candidato. O processo de NÃO CULTO se limita a uma inspeção de visu do Bispo. De Visu pode ser traduzida como inspeção ocular, a olho.

Também o número e grandeza dos milagres diminuiu. Não há mais um acusador — o chamado advogado do diabo– e o defensor da causa. Isto significa que se eliminou o contraditório, que era uma garantia da intenção papal de não errar ao proclamar um santo. O resultado dessas simplificações foi a enxurrada de canonizações e beatificações dos últimos anos.

in Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli

 

 

image_pdfConverter em PDFimage_printPreparar para impressão