437- Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney de Campos

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Orlando Fedeli

Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney de Campos

 

  • Localização: Brasil

 

Caro Senhor Fedeli,
Salve Maria

Gostaria de parabeniza-lo pela conversão do irmão protestante publicada no site da Associação Cultural Montfort*, isso serve de consolo para aqueles que fazem trabalhos de apostolado, congratulações.

Gostaria de perguntar ao senhor, o que acha da Administração Apostólica S. João Maria Vianey? O senhor recomendaria ela para um jovem que tivesse a vocação seminarista? Ela conserva a Igreja tradicional e militante anterior à essa grande crise que a humanidade passa por abandonar a Igreja de Cristo?

Grato pela atenção
Que Nossa Senhora o ajude.

———

Prezado,
salve Maria.

Muito lhe agradeço suas generosas palavras de apoio, e lhe pedimos que reze por nosso apostolado, e por tantas almas que precisam de apoio.

Conhecemos, de longa data, –e muito — a Fraternidade Sacerdotal São João Maria Vianey, agora reconhecida pela Santa Sé como Administração Apostólica.

Fomos amigos de Dom Mayer, e, durante muitos anos, cooperamos com os “Padres de Dom Mayer, como eram chamados.

Eram Padres simples, sem muita formação doutrinária e com um apostolado mais sentimental do que doutrinário.

Eles se envolveram com a Fraternidade Sacerdotal São Pio X de Dom Lefebvre. Dom Mayer, apesar de apoiar Dom Lefebvre, não quis unir-se oficialmente aos Lefrevistas, pois sabia de certas tendências nacionalistas e Maurrasianas que havia lá. Mas os apoiou na questão da defesa da Missa Tridentina.

Durante anos, esses padres de Dom Mayer vieram a São Paulo rezar Missa de São Pio V, para os membros da Associação Cultural Montfort.

Eles se separaram de nós — de modo brutal e sem nenhuma caridade, quando os prevenimos contra erros existentes entre os lefrevistas.

Disso resultou um dossier Campos X Montfort, no qual ficou patente a desorientação dos padres de Campos, especialmente do Padre Rifan, hoje Bispo.

Denunciamos a existência de Tribunais instituídos na Fraternidade São Pio X, para tratar da nulidade do vínculo matrimonial, coisa que só compete, em definitivo, ao Tribunal da Rota romana. Os Padres de Campos negaram, a princípio, a existência desses Tribunais. Depois, quando uma revista dos lefrevistas os reconheceu, escrevemos aos Padres de Campos, renovando a denúncia. Muitos indícios apareceram de existência, também em Campos, de coisa parecida.

Dom Licínio e padre Rifan insistiam em negar os fatos de que tivemos conhecimento.

Escrevemos aos Bispos da Fraternidade, e Dom Tissier de Mallerais, em resposta a nós, não só reconheceu que os tais Tribunais existiam, mas ainda afirmava que eles tinham poderes papais da Rota Romana. Dos que recorriam aos Tribunais dos lefevrsitas se exigia que prometessem jamais recorrer ao Tribunal papal, o que era flagrante cisma. Escrevemos um trabalho acusando tais tribunais de cismáticos. Dom Tissier de Mallerais jamais conseguiu refutar a nossa argumentação.

Dom Lícinio Rangel — isto é, Padre Rifan — nos devolveu o trabalho elaborado contra os Tribunais cismáticos que eles então já defendiam, completamente rasgado e sem resposta.

Consideramos desde então os lefrevistas e os padres de Campos como cismáticos, porque assumiam poderes próprios do Papa.

No ano passado, graças a Deus, Padre Rifan fez um acordo com Roma, colocando fim ao cisma de Campos. Por esse fato — e só com esse fato — nos congratulamos, e publicamos um Comunicado regozijando-nos com o fim do Cisma.

Quanto às condições do acordo, dizíamos que só o tempo revelaria se haviam sido boas ou não. Que o fim do Cisma foi bom, disso não há duvida.

Padre Rifan que foi nomeado Bispo, depois do acordo com Roma, deixou de atacar a Missa Nova — como fizera durante décadas, mais, assistiu Missa Nova, afirmou que reconhecia o Vaticano II interpretado “à luz da Tradição”, e começou a atacar os lefrevistas e os tribunais que eles haviam instituído, e que ele durante anos defendera, acusando-os de cismáticos.

O que ele negara existir, e depois defendera, agora ele ataca, mas sem reconhecer que nos abandonara por causa que havíamos denunciado e atacado esses mesmos tribunais…

Conhecendo a nível de formação dos seminários de Campos, conhecendo o nível espiritual que lá se comunica, e conhecendo o oportunismo do líder dos padres de Campos, só posso lhe recomendar que que fique bem longe deles e de seu seminário.

In Corde Jesu, semper, Orlando Fedeli.

 

 

*O professor Orlando Fedeli foi presidente da Associação Cultural Montfort de 1983 a 2010.

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